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Após sobrevoar MG e ES, Dilma anuncia multa de R$ 250 milhões à Samarco

 
Após sobrevoar as áreas localizadas nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo devastadas pelo rompimento de duas barragens, no município mineiro de Mariana, a presidenta Dilma Rousseff disse que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai aplicar multas à mineradora Samarco de R$ 250 milhões por danos ambientais. “Várias legislações, entre elas federais, foram descumpridas”, afirmou, em entrevista à imprensa ainda em Governador Valadares.
O governador Paulo Hartung (PMDB) se juntou ao governador de Minas, Fernando Pimentel (PT) e a comitiva da presidente na cidade mineira de Governador Valadares, um dos municípios atingidos pela onda de lama que desce de Mariana.
Dilma explicou que as multas ambientais no valor de R$ 250 milhões, são por causar poluição de rios, provocando danos à saúde humana; tornar área urbana ou rural imprópria para a ocupação humana; causar poluição hídrica que leve à interrupção de abastecimento público de água; lançar resíduos em desacordo com os padrões de qualidade exigidos em lei e provocar emissão de efluentes ou carreamento de materiais que provoquem dano à biodiversidade.
Segundo a presidente, essas multas são preliminares e outras poderão ser aplicadas. Dilma acrescentou que cabe ainda indenização à União, aos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, às prefeituras e às pessoas atingidas.
Colatina
Depois de deixar Governador Valadares a presidente seguiu para Colatina, noroeste do Estado. Acompanhada do governador Paulo Hartung e dos ministros da Integração Nacional, Gilberto Occhi; do Meio Ambiente IzabellaTeixeira e da Educação, Aloísio Mercadante, a presidente. Os prefeitos Leonardo Deptulski (Colatina), Neto Barros (Baixo Guandu) e Nozinho Correa (Linhares) também estavam presentes à reunião.
Dilma reafirmou no Estado que a Samarco terá de arcar com todas as consequências do desastre. “Quem é o responsável? É uma empresa privada, Samarco, uma empresa grande, que tem como sócios a Vale e a BHP Billiton. As empresas têm de ser responsabilizadas por várias coisas: primeiro, pelo atendimento emergencial da população; segundo, pela busca de soluções mais estáveis, mais perenes; e terceiro, pela reconstrução e pela capacidade de resolver os problemas da vida de cada afetado por esse desastre”. A presidente afirmou que esse é um dos desastres mais graves que o País já sofreu.
Ela disse que vai exigir que a Samarco construa duas adutoras para abastecer as cidades capixabas que terão o abastecimento afetado pela onda de lama. Dilma informou que o governo federal vai tomar medidas nas barragens de Mascarenhas e Aimorés, ambas em Minas, próximas à divisa com o Espírito Santo. Segundo a presidente, a estratégia é reter a enxurrada de lama o máximo possível e fazer a liberação dos rejeitos de minério aos poucos. 
Paulo Hartung avaliou como positiva as medidas anunciadas pela presidente. O governador capixaba disse estar preocupado com a chegada na lama na foz do rio Doce, em Regência, em função da rica vida marinha que há no local. Ele pediu uma atenção especial da ministra do Meio Ambiente, IzabellaTeixeira, para o problema.

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