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Em Vila Velha, Codesa atormenta moradores de Paul com ampliação de cais

Há três meses, a ampliação do Terminal Dolfins de Atalaia, realizada pela Companhia de Docas do Espírito Santo (Codesa), em Paul, Vila Velha, está causando sujeira, poluição e problemas respiratórios à comunidade do Morro do Atalaia. As pedras retiradas pelas obras estão sendo depositadas em uma área vizinha ao morro, formando uma parede imensa de concreto. 

 
“Além do pó preto, a gente tem o pó de pedra”, ironiza Leandro Ribeiro, morador de Paul, lembrando a poluição provocada pela Vale a ArcelorMittal em Camburi. Ribeiro afirma que as pedras são armazenadas em local que favorece a incidência de poeira nas casas. Até agora, no entanto, a Codesa não acenou com qualquer medida para minimizar o problema. 
 
Em reunião no próximo dia 17 com a Codesa, os moradores vão cobrar a retirada das pedras.
 
Os moradores também cobram a realização de uma na estrada que leva ao porto. A intervenção, diz Leandro, é para melhorar o escoamento das chuvas e, portanto, evitar alagamento na região de Paul em períodos de precipitação intensa. Segundo ele, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que há um contrato entre o órgão e a Codesa para realizar a obra.
 
“Mas esse contrato não sai. Queremos essa obra o mais rápido possível. As chuvas estão chegando”, diz Leandro. Na mesma reunião do dia 17, será solicitado à companhia que sejam oficiados a Prefeitura de Vila Velha e o Dnit para a execução da obra.
 
O mesmo Morro do Atalaia enfrenta desde 2013 tanques de armazenamento de combustíveis da TPES (Terminal Portuário do Espírito Santo S.A.), atual proprietária do complexo de tanques. Desde de julho de 2014, a empresa descumpre determinação do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) para desmonte dos tanques. 
 
Em maio deste ano, a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA) atendeu a uma denúncia contra os tanques apresentada pelo advogado Luiz Guilherme de Almeida, o servidor público federal Marcos Valério Barbosa e o presidente do movimento Comunitário de Paul, Paulo César Froes. A CIDH pediu informações sobre se as pessoas estão privadas de liberdade e se há recursos judiciais a requerer a liberdade. 

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