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Sob novo comando, venda da Cesan retorna à pauta do mercado

A Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) pode mudar de mãos em breve, pelo menos o governo capixaba deixaria de ser o único grande acionista. A possibilidade está sendo estudada pelo Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (“FI-FGTS”), conforme noticiou o jornal Valor Econômico. A votação sobre o relatório de oportunidade prévia de investimento (Ropi) sobre a Cesan estava marcada para esta quarta-feira (25). O comitê de investimentos do Fundo vai se debruçar sobre uma eventual participação acionária na empresa capixaba pela bagatela de até R$ 409,4 milhões.

De acordo com informações veiculadas pela publicação, as negociações permitiriam ao governo do Estado, principal acionista da companhia, buscar investimentos junto à Caixa. Segundo uma fonte ouvida pelo Valor, o objetivo da operação é a melhoria da gestão da empresa, além do estabelecimento de metas para a aprimorar os serviços prestados à população. Hoje, a companhia vem de sucessivos lucros em sua operação. No ano passado, a Cesan registrou um lucro de R$ 100,73 milhões, ante R$ 70,74 milhões em 2013. A meta é universalizar os serviços de água nos 52 municípios atendidos até 2030.

O interesse do Fundo na aquisição da companhia capixaba não é uma novidade. Em novembro de 2013, o próprio Valor Veja divulgou uma reportagem sobre as negociações em torno da integração da Cesan ao FIP Saneamento, fundo de investimento criado em 2010 pela Caixa Econômica Federal para a aquisição de empresas estaduais de água e esgoto. Chama atenção que essa nova movimentação acontece após a repentina mudança no comando da Cesan. No mês passado, a Denise Cadete foi substituída menos de um ano após tomar posse no cargo com a eleição do governador Paulo Hartung (PMDB) pelo atual diretor-presidente Pablo Ferraço Andreão, que tem origem na iniciativa privada.

Coincidentemente, o novo chefão da Cesan tem a mesma origem de outro ex-presidente da Companhia nas duas últimas administrações estaduais, Paulo Ruy Carnelli. Ambos, atuaram na Odebrecht Ambiental – o atual como presidente de uma das unidades do grupo em Tocantins, enquanto Paulo Ruy, hoje secretário de Obras, foi consultor da empresa. Na época das primeiras conversas, no final de 2013, o então governador Renato Casagrande (PSB) reconduziu Paulo Ruy ao comando da empresa. Entretanto, as negociações eram com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

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