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Prefeitura de Vitória não honra contratos com empresas e trabalhadores ficam sem salários

Os atrasos nos pagamentos dos contratos entre as empresas de limpeza, asseia e conservação e as prefeituras de Vitória e Vila Velha têm sido recorrentes. Muitas vezes as empresas ficam meses sem receber. Sem capital de giro, as empresas acabam atrasando os salários dos trabalhadores e os compromissos com fornecedores. No caso da prefeitura de Vitória, uma das empresas que faz o serviço de conservação, só conseguiu pagar o adiantamento de salários dos funcionários na última terça-feira (24), depois de os trabalhadores protestarem na prefeitura e ameaçarem paralisar as atividades.

A prefeitura só pagou uma de quatro parcelas do contrato com a empresa durante todo o ano, o que fez com que a empresa chegasse ao limite, não tendo como pagar o adiantamento na data certa, que seria o dia 20 de novembro.

De acordo com a diretora dos Trabalhadores em Asseio e Conservação do Estado (Sindilimpe-ES), Evani dos Santos Reis, a situação se repete em outras empresas que prestam serviços para a prefeitura. Após meses sem receber, as empresas atrasam praticamente todos os meses os salários dos trabalhadores. Além do pagamento, é preciso fazer o reequilíbrio dos salários dos trabalhadores, com o reajuste aprovado no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Nesta segunda-feira (30) houve uma reunião com representantes da Secretaria Municipal de Fazenda, do Sindilimpe, de uma das empresas contratadas e de uma comissão de trabalhadores. Na reunião, a prefeitura de Vitória admitiu que deve à empresa.

Vila Velha

Em Vila Velha, a redução no valor dos contratos entre a prefeitura e as empresas também tem prejudicado os trabalhadores e o serviço de coleta em todo o município. Além disso, neste mês começa a valer uma escala que aumenta o volume de serviço, mas não o de funcionários.

Evani conta que a coleta só é feita de maneira satisfatória em bairros nobres e que os periféricos são abandonados.

A sindicalista explica que as demissões na área também são feitas indiscriminadamente, inclusive de trabalhadores prestes a se aposentar. Nesta segunda-feira, o sindicato conseguiu a reintegração de um trabalhador que foi demitido a oito meses de se aposentar.

Evani diz que, em momento de crise, há de se encontrar outra alternativa à demissão. Ela ressalta que as demissões em larga escala e a falta de perspectiva têm levado muitos trabalhadores para o álcool e para outras drogas, muitos deles, inclusive, ficando em situação de rua.

Somente de janeiro a novembro deste ano foram demitidos 8.960 trabalhadores entre merendeiras, auxiliares de serviços gerais e porteiros. Além disso, foram demitidos 1.187 garis (sendo 200 em Vitória) e 100 jardineiros. 

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