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Conversas não avançam e índios capixabas mantêm ocupação em Aracruz

Mais de 120 índios Tupinikim e Guarani de Aracruz (norte do Estado) mantêm nesta quarta-feira (2) a ocupação da área da torre das linhas de transmissão de energia que cortam as aldeias. Eles dormirão no local mais uma vez, já que não avançaram as conversas com o poder público e representantes das empresas que impactam suas terras há décadas, sem oferecer qualquer compensação ambiental e financeira. 
 
Na noite passada, os índios chegaram a colocar fogo na base da torre da EDP Escelsa, como forma de protesto. Eles só não interromperam a transmissão de energia ainda devido à presença de comunidades próximas ao local. Nesta quinta-feira (3), outra reunião será realizada para uma nova tentativa de acordo.  
 
As lideranças indígenas não pretendem recuar e pedem a participação nas negociações do Ministério Público Federal (MPF-ES) e de um representante da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Brasília. Até que tenham suas reivindicações atendidas, garantem que não irão deixar a área. 
 
A insatisfação das comunidades indígenas foi reforçada em documento encaminhado nessa terça-feira (1) ao MPF de Linhares, ao governo do Estado, ao Serviço de Água e Esgoto (Saae), e às empresas Aracruz Celulose, Jurong, Imetame, Petrobras e Vale.
 
O representante da Funai em Aracruz, Vilson Tupinikim, destaca que o poder público e as empresas tratam os índios com descaso e querem impedir que reivindiquem seus direitos, por meio de mobilizações. 
 
Essas questões já haviam sido comunicadas à Casa Civil e ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, pedindo providências. Entre elas, que o governo cumpra com sua obrigação e coloque à mesa de negociação todos os empreendimentos que impactam direta e indiretamente as terras indígenas, para definição das devidas compensações ambientais e financeiras. Até agora, porém, não houve respostas, o que motivou o atual ato. 
 
Além da Aracruz Celulose, que se apropriou e explora as terras indígenas  durante décadas, impactam as comunidades a Vale, a Petrobras, a EDP e empresas portuárias – Portocel, também da Aracruz, o Estaleiro Jurong, e o planejado porto Imetame

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