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Intervenção neste sábado marca um mês do crime da Samarco/Vale/BHP

Um mês após o crime do rompimento da barragem da Samarco – Vale e BHB Billiton – em Mariana (MG), o grupo de intervenção artística “Lavadeira” realiza um ato no Píer de Iemanjá, na Praia de Camburi, em Vitória, neste sábado (5). Convoca a sociedade a não se esquecer da maior tragédia ambiental do País e a dedicar um “momento de luto a um mês de descaso”. 
 
Em evento criado no Facebook, o “Lavadeira” destaca a contaminação do rio Doce e do mar, que “envenenou a água, a terra e ceifou milhões de animais”, e lembra que as consequências para a natureza mal começaram, o que exigirá anos de ações de recuperação. 
 
Mas ressalta uma dimensão da tragédia urgente e que não pode esperar. “É a dimensão humana, das pessoas e comunidades que perderam suas casas, seus sustentos e suas relações com a terra. E enquanto justiça, governos e empresas vão medir forças e responsabilidades, nossa empatia, nossa consciência cidadã precisa fazer sua parte”. 
 
Para manifestar sentimento a todas as vidas perdidas, o grupo realizará uma roda de velas entre às 18h30 e 22h30 no Píer de Iemanjá. “Só de estar na beira do mar, com velas e em silêncio, já grita nossa sensibilidade”, destacou.
 
Este não é o primeiro ato realizado pelo “Lavadeira”. No dia 13 de novembro, o grupo realizou outro ato silencioso que tinha como destino a entrada da Vale no final da Praia de Camburi. No fim do trajeto, porém, os 14 artistas cobertos de lama foram censurados pela Polícia Militar.
 
O “Lavadeira” é formado por estudantes da Ufes e foi criado para mobilizar ações contra os impactos do crime da Samarco/Vale. “Se a lama tóxica devastou um ecossistema, é preciso usá-la para fertilizar consciências em todo o país. A empresa responsável pode ser privada, mas a descarga foi pública”.

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