As denúncias estão sendo feitas desde a apuração dos votos – que foi realizada entre 20 e 26 de novembro – na Promotoria do MPES localizada na Casa do Cidadão, em Itararé, Vitória. A promotora Arlinda Maria Barros Monjardim cuida dos casos.
A expectativa é que haja uma solução negociada para a questão, para que não seja necessário o ajuizamento de ação judicial para esclarecer as irregularidades denunciadas.
O resultado do processo eleitoral foi divulgado no dia 27 de novembro, depois de uma semana de contagem dos votos. Foram totalizados 9.862 votos, sendo 5.299 para a Chapa 2 – Sindiupes com Você, pra Você, de situação, e 4.002 para a Chapa 1 – A Base Luta, a Base Assume, que fazia oposição, além de 415 em branco, 114 inválidos e 32 nulos.
Durante os dois dias de votação, pouco mais de um terço dos aptos a votar compareceram às urnas, o que mostra que não houve engajamento dos sindicalizados a votarem no pleito deste ano. A posse da nova diretoria será realizada no dia 20 de dezembro.
Apesar de o Sindiupes afirmar que houve tranquilidade no processo eleitoral, a Chapa 1 denunciou, tanto durante a votação quanto na apuração, inúmeras irregularidades que iam de falta de urnas entregues, até tentativa de impedir que a oposição acompanhasse o processo.
Em um dos dias de votação, a Polícia Militar precisou intervir para garantir que um integrante da Chapa 1 pudesse entrar no prédio do sindicato e negociar a saída das urnas itinerantes.
Por conta de todas as irregularidades que constatou durante o pleito, a Chapa 1 orientou os sindicalizados a procurarem o Ministério Público para relatar o que ocorreu durante o processo.
A Chapa 1 denunciou, também, que a Comissão Eleitoral não cumpriu o regimento eleitoral e o estatuto da entidade, não garantindo urnas, mesários, cédulas e envelopes suficientes, tomando decisões sem garantir a presença de representantes da chapa de oposição.