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Caixa Econômica Federal segue no topo de reclamações de usuários

A Caixa Econômica Federa liderou em novembro, pelo quinto mês consecutivo, o ranking dos bancos com maior número de reclamações de usuários. De acordo com o levantamento do Banco Central, o índice de reclamações da Caixa subiu de 11,09 para 12,57. Em outubro, o banco também havia liderado as queixas.

O número reduzido de funcionários pode ser um dos fatores que contribuem para a redução da qualidade nos serviços. Em 2003 a Caixa tinha 335 clientes para cada empregado. Já no primeiro semestre deste ano, esta proporção passou para 778 clientes por trabalhador.

Na segunda posição no ranking, aparece o Bradesco, com índice de queixas de 9,17, com 705 reclamações. O Itaú/Unibanco manteve a terceira posição, com 537 reclamações e índice de 9,01. Na quarta posição está o Santander, com 237 reclamações e índice 7,1. Fechando o ranking dos cinco primeiros está o Banrisul, com 5,7 e 22 reclamações.

Além de não contratar os aprovados em concurso público, a instituição ainda colocou em prática em 2015 o Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA), que resultou em aproximadamente três mil desligamentos. Estas vagas, que ficariam liberadas para que os aprovados assumissem, serão eliminadas sob a alegação que atenderiam às adequações da Lotação Autorizada de Pessoal (LAP) e foram autorizadas para atender ao limite imposto pelo Ministério do Planejamento.

A eliminação dos postos de trabalho era justamente o temor dos candidatos aprovados no último concurso para o banco e que ainda aguardam nomeação. Somente no Estado, 605 aprovados no último concurso para a instituição aguardam nomeação, enquanto em 2014 houve desligamentos do banco em função do PAA.

Com o reordenamento dos postos de trabalhos, o número de empregados da Caixa cai para 97 mil. No Acordo Coletivo 2014/2015 havia autorização para o banco ter 103 mil empregados, número já considerado insuficiente para atender à atual demanda.

Para o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), a medida de reduzir os postos de trabalho equipara a Caixa à lógica dos bancos privados, que perseguem o lucro em detrimento da saúde dos funcionários e da qualidade do atendimento prestado. O déficit de trabalhadores resulta na sobrecarga de trabalho que, somada à pressão por metas, acaba por adoecer os bancários da instituição.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) demandou que a Caixa Econômica apresentasse um cronograma de contratações dos aprovados no concurso público realizado em 2014 ou um estudo em que dimensione as contratações a serem feitas até dezembro deste ano ou junho de 2016.  Em resposta, o banco afirmou mais uma vez que não fará novas contratações.

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