O incêndio registrado no Parque Estadual de Itaúnas em Conceição da Barra (norte do Estado), que demorou 13 dias para ser controlado, voltou a gerar preocupação. Nesse sábado (26), em função da temperatura elevada, dos ventos fortes e do fogo nas áreas de turfa (matéria orgânica), as chamas reacenderam, desta vez em pontos próximos às casas da vila e ao Córrego do Angelim.
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) afirma que mantêm a estratégia de fazer aceiros, que funcionam como valas, que são encharcados com o auxílio de carros-pipas e motobombas para auxiliar no combate. Foi desta maneira, como aponta, que as chamas foram contidas em áreas de relevância ambiental como a Trilha da Borboleta, Trilha Buraco do Bicho, Riacho Doce e áreas de alagado e restingas.
Com mais de 800 hectares de área atingida – do total de 3.481 hectares -, este já o maior incêndio registrado na unidade de conservação desde sua criação em 1991, ameaçando área de relevância ambiental formada por mata de tabuleiro (fragmento florestal em extinção), restinga, dunas, mangues, alagados e rica fauna e flora. O parque abriga ainda 23 sítios arqueológicos.
O governo afirma que após normalizar a situação irá iniciar a elaboração de um Relatório de Ocorrência de Incêndio Florestal, com a real dimensão dos impactos ocasionados pelo fogo e detalhes sobre os dano.
Assim como ocorreu no incêndio de 2014, registrado na mesma época, moradores relatam que o primeiro socorro do Corpo de Bombeiros e órgãos responsáveis demorou a chegar à vila. Na ocasião, moradores e turistas precisaram deixar as casas e pousadas, devido à proximidade do fogo.
Além do Iema, monitoram a região o Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), Defesa Civil, brigadistas, Polícia Ambiental, prefeitura de Conceição da Barra, empreendedores locais e voluntários.