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Coordenador de remoção e depósito de veículos pede exoneração do Detran

O novo diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), Romeu Scheibe Neto, se livrou de alguns problemas. O Diário Oficial desta sexta-feira (8) traz a exoneração de Jadir Tosta Junior, coordenador de Remoção e Depósito de Veículos do órgão, a pedido do servidor. Por comandar uma área que está no cerne das investigações da CPI da Máfia dos Guinchos, Jadir frequentou algumas vezes as sessões da comissão.

 

O ex-coordenador foi ouvido na sessão de 18 de maio de 2015, cujo objetivo era investigar qual é o órgão que demanda a liberação dos guinchos para as operações. Ele também costumava presenciar as sessões, quando era solicitado pelos membros da CPI a resolver os problemas apresentados por cidadãos convocados pela comissão. Quando não estava presente, os deputados ligavam para Tosta, com o mesmo fim.

 

A atuação dos pátios e o modelo de contratação do serviço – por credenciamento e não por licitação – foi um dos principais objetos de investigação da CPI dos Guinchos em 2015. A comissão convocou donos de pátio e ouviu Dionísio Gomes Júnior, gestor do Central Park, o que mais arrecada no Espírito Santo. 

 

Assim a CPI chegou ao Pátio Central, em Campinho da Serra, na Serra, cuja contratação a R$ 178 mil, valor que os deputados qualificaram inúmeras vezes como “absurdo”. Na sessão de 21 de setembro, Jadir foi ouvido mais uma vez pela CPI para esclarecer o valor pago ao Pátio Central pelo Detran-ES.  

 

Em relatório preliminar apresentado em dezembro, a CPI registrou como “devidamente comprovados” os indícios de irregularidades nascidos da trama entre donos de pátio e agentes públicos para lesar o cidadão com guinchamentos arbitrários de veículo.

 

O ato do novo diretor do Detran-ES é sintomático. A CPI da Máfia dos Guinchos é a que tem se mostrado mais eficiente na Assembleia. A nomeação de um técnico, servidor de carreira do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – caso de Scheibe Neto – pode ser vista como uma tentativa do governador Paulo Hartung de organizar os problemas do órgão que vem sendo expostos em abundância pela CPI.

 

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