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Protesto dos metalúrgicos na portaria da Vale é reprimido pela PM

O protesto dos trabalhadores metalúrgicos em frente à portaria da Vale foi reprimido mais uma vez pela Polícia Militar na manhã desta segunda-feira (11). Os metalúrgicos estão há 26 dias em greve por conta da intransigência dos empresários em negociar com a categoria.

Durante a manhã, os trabalhadores organizaram um piquete com cartazes na portaria da Vale, mas os policiais militares tentaram romper a manifestação, liberando os acessos à mineradora.

Em um vídeo divulgado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES), o presidente da entidade, Roberto Pereira, o governador Paulo Hartung (PMDB), ao enviar a PM para defender interesses de empresas privadas, reedita as artimanhas que usou no passado. O sindicalista ressaltou que não tem ninguém intervindo para ajudar os trabalhadores, somente as grandes corporações.

Ele lembrou, também, que nenhum policial fardado protegeu os trabalhadores, pelo contrário, eles foram ameaçados com armas apontadas por policiais à paisana em protestos anteriores.

O ato desta manhã na portaria norte da Vale, em Carapina, Serra, foi uma resposta à interferência tanto da mineradora quanto de outras empresas tomadoras de serviço que vêm fazendo com que o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer-ES) se mantenha preso à proposta inicial, que contempla reajuste abaixo da inflação.

A greve teve início em 17 de dezembro de 2015, depois de o Sindimetal tentar, desde outubro, negociar a reposição da inflação do período, que ficou em 10,3%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e auxílio-alimentação de R$ 300.

Para o Sindimetal, as empresas se alinharam ao discurso da crise na tentativa de enfraquecer a campanha salarial dos trabalhadores. No entanto, segundo o sindicato, diversas empresas mantiveram a produção e têm condições de conceder a reposição da inflação.

O sindicato também aponta que os metalúrgicos já abriram mão do ganho real, o que representam perdas para a categoria. Por isso, o Sindimetal acredita que os empresários também deveriam ser flexíveis e atender ao pleito da categoria.

Repressão

No dia 29 de dezembro o protesto dos metalúrgicos também foi reprimido por policiais à paisana, que chegaram a apontar armas para os trabalhadores. Os três policiais estavam sem identificação e fotografavam os trabalhadores que participavam do protesto. Os metalúrgicos, então, pediram que não fossem fotografados para não sofrerem represália das empresas e os policiais, além de não atenderem ao pedido, sacaram as armas e apontaram em direção aos manifestantes.

Já no dia 30, viaturas do Grupo de Apoio Operacional (GAO) da Polícia Militar foram enviadas para reprimir o protesto dos trabalhadores antes mesmo que começasse.

Em frente ao Sindimetal também foram posicionadas viaturas da Polícia Militar com o objetivo de inibir a manifestação dos trabalhadores.  

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