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Audiência de conciliação sobre greve dos metalúrgicos não chega a acordo

Nesta quinta-feira (14) foi realizada mais uma conciliação sobre a greve dos metalúrgicos, deflagrada em 17 de dezembro. O Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES) não compareceu à audiência no Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES).

A sessão foi presidida pelo vice-presidente da corte, o desembargador Marcello Mancilha e teve a presença de representantes do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Material Elétrico (Sindifer) e do procurador do Ministério Público do Trabalho do Espírito Santo Estanislau Tallon Bozi.

Na audiência o Sindifer pediu a reconsideração do pedido de liminar ao desembargador, que acatou o pedido e expediu liminar que proíbe o Sindimetal de praticar atos que impeçam o acesso de trabalhadores aos locais de trabalho.

A próxima audiência de conciliação foi marcada para a próxima quinta-feira (21).

Desde que foi deflagrada, a greve dos metalúrgicos tem sido alvo constante de ações judiciais para impedir protestos e de repressão da Polícia Militar. Nesta quarta-feira (13), foram deslocadas cinco viaturas e mais oito policiais para a portaria da ArcelorMittal Tubarão, na Serra, para impedir que os trabalhadores protestassem.

Já na segunda-feira (11), a manifestação foi reprimida em frente à portaria da Vale em Carapina, na Serra. Os policiais militares tentaram romper a manifestação, liberando os acessos à mineradora.

No dia 29 de dezembro o protesto dos metalúrgicos também foi reprimido por policiais à paisana, que chegaram a apontar armas para os trabalhadores. Os três policiais estavam sem identificação e fotografavam os trabalhadores que participavam do protesto. Os metalúrgicos, então, pediram que não fossem fotografados para não sofrerem represália das empresas e os policiais, além de não atenderem ao pedido, sacaram as armas e apontaram em direção aos manifestantes.

Já no dia 30, viaturas do Grupo de Apoio Operacional (GAO) da Polícia Militar foram enviadas para reprimir o protesto dos trabalhadores antes mesmo que começasse. Em frente ao Sindimetal também foram posicionadas viaturas da Polícia Militar com o objetivo de inibir a manifestação dos trabalhadores.

Demandas

A greve teve início em 17 de dezembro de 2015, depois de o Sindimetal tentar, desde outubro, negociar a reposição da inflação do período, que ficou em 10,3%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e auxílio-alimentação de R$ 300.

Para o Sindimetal, as empresas se alinharam ao discurso da crise na tentativa de enfraquecer a campanha salarial dos trabalhadores. No entanto, segundo o sindicato, diversas empresas mantiveram a produção e têm condições de conceder a reposição da inflação.

O sindicato também aponta que os metalúrgicos já abriram mão do ganho real, o que representam perdas para a categoria. Por isso, o Sindimetal acredita que os empresários também deveriam ser flexíveis e atender ao pleito da categoria.

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