Nesta terça-feira (26) houve manifestação dos garis denunciando as demissões. De acordo com a diretora do Sindilimpe, Alessandra Galarani, a demissão dos trabalhadores pode gerar impacto tanto para os dispensados, quanto para aqueles que permanecerem nos postos de trabalho.
Ela contou que a prefeitura alega que a demissão se faz necessária por conta da queda na arrecadação. O município havia pedido o corte de 30% dos garis da empresa, que resistiu e fechou em 20% o índice de demissões.
Alessandra lembra que o percentual equivale a 90 trabalhadores e que a medida vai gerar sobrecarga de trabalho naqueles que permanecerão. Além disso, ela ressalta que a maioria dos trabalhadores da empresa tem mais de 40 anos, o que dificulta a recolocação deles no mercado de trabalho.
O sindicato pediu que a prefeitura reconsiderasse a demissão de todos os trabalhadores, mas, na impossibilidade, que revisse pelo menos a demissão daqueles garis que estão prestes a se aposentar e também estão com o aviso prévio assinado. “A prefeitura disse que vai ver a possibilidade de voltar atrás no caso dos que estão perto de se aposentar, mas não deu nenhuma garantia que eles não vão ser demitidos”, conta Alessandra.
O entendimento do Sindilimpe é que os garis e coletores são os primeiros agentes de saúde, e o trabalho da categoria ajuda na prevenção e combate ao mosquito Aedes Aegypti, que transmite a dengue, a zika e a chikungunya. Por isso, as demissões tornam-se ainda mais irresponsáveis.