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Impasse entre prefeituras de Guarapari e Vila Velha deixa alunos sem transporte escolar

Um grupo de oito alunos foram transportados na boleia de uma caminhonete para chegar à escola nesta segunda-feira (15). As crianças moram no bairro Ilha do Sol, em Guarapari, e estudam na Unidade Municipal de Ensino Fundamental (Umef) Reverendo Waldomiro Martins Ferreira, no Xuri, zona rural de Vila Velha. 
 
O transporte escolar foi cortado pelo prefeito de Vila Velha Rodney Miranda (DEM). A prefeitura alega que teria avisado os pais antes da matrícula para o atual ano letivo, que não forneceria mais o transporte para os alunos. Em nota, a prefeitura justificou que a lei não permite o transporte escolar de um município para outro. Se quisessem continuar na Unidade Reverendo Waldomiro Martins Ferreira, os alunos teriam que arrumar outro meio de transporte para chegar à escola. 
 
O problema é que os moradores da Ilha do Sol estão numa região sem infraestrutura, as ruas não são asfaltadas e não há transporte público entre o bairro e a escola Reverendo Waldomiro Martins Ferreira, que fica numa região de difícil acesso de Vila Velha. 
 
Insensíveis ao problema, os prefeitos de Vila Velha e Guarapari simplesmente lavaram aos mãos e deixaram as crianças e os pais entregues à própria sorte. Orly Fraga e Rodney, ambos do DEM, não demonstraram vontade em resolver o impasse. Rodney se apressou para dizer que não pode continuar fornecendo o transporte por causa da legislação. E se sentiu isento de qualquer responsabilidade.
 
Nenhuma desculpa justifica o descaso dos dois gestores com a educação, que é um direito assegurado na Constituição Federal. Se Orly e Rodney fossem gestores responsáveis teriam se preocupado em encontrar uma solução para assegurar o direito à educação aos alunos.
 
O prefeito de Vila Velha se preocupou em explicar que registrou um termo no Ministério Público Estadual (MPES) para documentar que a prefeitura não forneceria o transporte a partir deste ano. 
 
Além das duas prefeituras, se é verdade o que prefeito firmou esse termo, o MPES, que tem a obrigação de defender os interesses dos cidadãos, deveria ter mediado o impasse entre as duas prefeituras e apontado uma saída para garantir o acesso dos alunos à escola.
 
Enquanto o impasse continua, os alunos vão continuar arriscando suas vidas na boleia da caminhonete. 

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