O Instituto de Obras Públicas do Estado do Espírito Santo (Iopes) inabilitou a empresa Cinco Estrelas Construtora e Incorporadora Ltda, que iria executar o serviço de limpeza, organização do canteiro, adequação e armazenamento de peças da estrutura metálica, proteção de armação exposta e da rampa de acesso ao Museu do Empreendimento Cais das Artes.
Em estado de abandono, o projeto leva o nome do famoso arquiteto Paulo Mendes da Rocha e estava previsto para ficar pronto em dezembro deste ano. Porém, é cada dia maior o desgaste da estrutura, que se encontra sem qualquer conservação.
A empresa Cinco Estrelas, que havia sido escolhida para o serviço, segundo o Iopes, foi inabilitada por não atender todas às especificações contidas no edital.
A empresa tem cinco dias úteis para recorrer e só a partir deste prazo será possível anunciar qualquer decisão sobre a preservação das obras do Cais das Artes.
O Cais das Artes vinha sendo construído pela Santa Bárbara Engenharia S/A, sob o prazo de 540 dias para entrega, mas após 42% do cronograma concluído, a obra foi abandonada. A empresa mineira já havia gasto 60 milhões e recebido 12 aditamentos, elevando o custo da obra de R$ 115.547.695,73 para cerca de R$ 130 milhões.
Mesmo após os investimentos, a Santa Bárbara abandonou a obra antes de concluí-la. Com mais de 43 anos de atuação no mercado nacional, a Santa Bárbara Engenharia foi contratada pelo Iopes para a execução do projeto. Devido a problemas financeiros, é alvo de 10 a 15 processos, entre eles coletivos e individuais, todos relacionados a direitos trabalhistas.
Sem expectativa de contratação da nova empresa para a execução das obras, o projeto idealizado por Cristina Gomes, mulher do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), virou um elefante branco para o governo Renato Casagrande.
Durante o processo de julgamento da proposta comercial sobre a empresa responsável para a execução de serviços de limpeza pelo Iopes, a Samo – Saneamento e Montagens Ltda. também foi inabilitada do processo.