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Euclério Sampaio tenta desequilibrar o jogo na CPI dos Empenhos

A pouco mais de um mês para a leitura do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Empenhos, uma manobra de bastidores gera polêmica em torno da vaga que ficou em aberto com a ída do deputado Rodrigo Coelho (PDT) para o Secretária de Assistência Social . Nesta quarta-feira (16), o deputado Euclerio Sampaio requereu a vaga para o PDT.
 
Para entender a manobra, é preciso lembrar que a CPI dos Empenhos passou a ter uma importância política no jogo polarizado entre o governador Paulo Hartung (PMDB) e seu antecessor Renato Casagrande (PSB), pois ela investiga pagamentos sem o devido empenho no governo passado e deve servir de subterfúgio para embasar a rejeição das contas de Casagrande referentes a 2014. Daí a movimentação de Euclério para garantir a maioria dos aliados de Hartung no colegiado. 
 
Mas a movimentação começou bem antes, desde que o então relator da comissão, Rodrigo Coelho deixou a Assembleia. A partir daí uma verdadeira dança das cadeiras aconteceu no colegiado. Euclério Sampaio, o então presidente, assumiu a relatoria, e Gildevan Fernandes (PV), líder do governo, virou presidente da CPI. 
 
Como membros, completavam o grupo os deputados Almir Vieira (PRP) e Freitas (PSB). Ou melhor, não completavam, porque uma vaga ficou em aberto. Daí começaram as movimentações dos dois lados. O grupo incompleto passou despercebido até que o deputado Bruno Lamas (PSB) requereu a vaga. O que, em tese, garantiria dois votos contra o relatório, dos deputados do PSB, e dois a favor, obrigando o presidente da CPI e líder do governo a dar o voto de minerva. Gildevan, ao votor, deixaria a digital de Hartung na decisão, confirmando o viés político da CPI.
 
O grupo do governador Paulo Hartung, embora tenha demorado a entender a movimentação do PSB, requereu a vaga para o PDT nesta quarta-feira (16) para barrar Lamas.  O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), que presidia a sessão no momento, ainda não respondeu o requerimento de Euclério. 
 
Na verdade, com o fim do blocão, montando no início do ano para distribuir as vagas e a modificação no plenário com a entrada de novos partidos e a mudança de partidos pelos deputados, uma nova redistribuição deveria ter sido feita, mudando a configuração das atuais comissões, tanto as permanentes como as provisórias, caso das CPIs. Como isso não aconteceu, vale quem pediu primeiro a vaga. 

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