Não é de hoje que os presidentes da Assembleia Legislativa vêm se gabando do titulo que o Legislativo capixaba tem de ser um dos mais econômicos do País. É claro que a economia com dinheiro público é um ponto positivo, ou melhor, um dever dos gestores. Mas é preciso avaliar o quanto realmente custa a Assembleia.
De que adianta uma Assembleia econômica, que vive refém do Executivo. Há sempre essa história de devolução de recursos públicos para o governo para mostrar a economia da Casa. Isso acontece desde a gestão de Claudio Vereza (PT), no início do primeiro mandato de Hartung. Isso foi instituído para tentar recuperar a imagem do Legislativo, que passara por um processo de desconstrução de sua imagem antes disso.
Mas devolver dinheiro é realmente sinal de boa gestão? Não. Bom gestor é aquele que aplica os recursos por completo em favor da instituição que está gerindo. Contribuiria muito mais a Assembleia se investisse esses recursos no atendimento das demandas da população.
Só para se ter ideia, no ano passado, durante a discussão do Orçamento deste ano, a Comissão de Finanças e depois o plenário da Assembleia, acatou a “brilhante” ideia do deputado Euclério Sampaio (PDT) de acabar com as audiências públicas nas regiões do Estado.
A justificativa é de, que no geral, as sugestões não são acatadas mesmo, então, que se fizesse uma só, na Assembleia, e quem quisesse participar que se virasse para se deslocar até Vitória. Então é isso? Se as sugestões não são acatadas é porque os deputados são submissos ao governo. A culpa não é das audiências.
Se os deputados tivessem uma postura mais independente, poderiam atrair mas pessoas para acompanhar seus trabalhos. Mas a maioria prefere ficar dependendo da ajudinha do governador na eleição em troca de silêncio e obediência. No fim das contas, o barato da Assembleia acaba saindo caro demais para a população.