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Mesmo com fim do período de férias, governo estadual precariza ao invés de melhorar o serviço do Transcol

Desde o fim do período de férias e início das atividades do ano, os passageiros do Sistema Transcol reclamam de redução de frota, ou seja, os ônibus ainda estão operando segundo horário de período de férias. E a estratégia da Companhia de Transporte Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV) é protelar ao máximo essa programação dos ônibus.
 
As reclamações dos usuários apontam que, enquanto a vida voltou ao normal, o quadro de horários dos ônibus do Transcol não voltou à programação tradicional, gerando muita espera e ônibus lotados, efeitos de muita demanda para pouca frota. Por ora a Ceturb-GV está reprogramando apenas as linhas geradoras de muita reclamação por parte dos passageiros. Ou seja, um conserto aqui e ali e aos poucos, para evitar o retorno geral da programação normal.
 
A precarização do serviço do Transcol vem pouco mais de um mês após o reajuste de R$ 0,30 nas tarifas dos ônibus. O aumento levou a passagem de R$ 2,45 para R$ 2,75. O valor do subsídio pago pelo governo às empresas concessionárias de R$ 115 milhões não sofreu reajuste. O governo estadual enfrentou três protestos contra o aumento da tarifa do Transcol.
 
Os usuários sofrem sobretudo na volta para casa. O recolhimento de passageiros na ida para o trabalho é uma operação mais diluída, feito majoritariamente nos bairros pelas linhas alimentadoras. Na volta para casa, os passageiros dependem mais das linhas quando dependem das linhas troncais
 
O governo Paulo Hartung (PMDB) escorrega de forma geral na condução de políticas públicas de mobilidade urbana. As ações mais escandalosas foi o cancelamento da implantação do BRT (vias exclusivas para ônibus na Grande Vitória). Em janeiro do ano passado, o governo cancelou o projeto do Sistema Aquaviário. 
 
Com a suspensão do BRT, Hartung consolidou o retorno à estaca zero das ações de mobilidade urbana no Espírito Santo.
 
Não é apenas o serviço metropolitano de transporte que sofre com as críticas. Usuários do sistema de Vitória também fazem as mesmas queixas. Redução de frota, demora nos pontos, superlotação dos ônibus. A volta para casa, principalmente entre 18h e 19h, tem sido um teste de paciência para os usuários. A reportagem constatou nessa última semana a demora e a superlotação dos ônibus. A tarifa de Vitória também foi reajustada em janeiro, passado de R$ 2,40 para R$ 2,70.
 
O caso de Vitória indica omissão da Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana (Setran). No início do mês, a Setran explicou que a redução da frota foi decisão das empresas concessionárias tomada à sua revelia, posicionamento que expôs a fiscalização deficiente da secretaria. As empresas foram multadas e a Setran garante que está fiscalizando o serviço. Não é o que diz as ruas: os problemas da demora e da superlotação dos ônibus de Vitória persistem.
 

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