A disputa eleitoral de outubro próximo será a primeira sem financiamento privado de campanha. Não seria lógico que com menos dinheiro, tivessem menos palanques nas disputas? Mas não é isso que parece estar acontecendo.
Em vários municípios, principalmente, na Grande Vitória, a multiplicação de candidaturas é evidente e, em muitos casos, fazer alguém desistir pode ser uma tarefa inglória. Em Vitória, até sete candidatos podem entrar na disputa. Em Vila Velha, o cenário não é diferente.
Com menos dinheiro, o que se espera é que embora haja muitas candidaturas na rua, elas não sejam tão ricas como em pleitos passados. Mas isso também vai depender do interesse das nacionais nas disputas locais. O deputado estadual Amaro Neto sai na frente porque o SD não tem grandes pretensões entre os demais estados. As chances reais de o SD conquistar uma capital passam por Vitória.
Luciano Rezende também deve ter um apoio da nacional em sua campanha, afinal, garantir uma capital é importante. Ele também deve ter o apoio do PSB, já Renato Casagrande tem muita influência no partido. Os demais candidatos talvez não tenham a mesma sorte. O tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas ainda está quitando dívidas da eleição de 2014 e Lelo Coimbra fica diluído no mapa do PMDB.
A situação é parecida em outros municípios, mas afetam de formas diferentes cada uma das candidaturas. O certo é que as lideranças políticas devem apostar nas redes sociais, nas campanhas de rua e no horário na TV para tentar conquistar o eleitorado. E é claro, não podemos deixar de considerar, a possibilidade de que dinheiro privado entre pelo caixa dois. Não seria nenhuma surpresa.