A pulverização de candidaturas à prefeitura de Vitória está causando uma verdadeira dança de partidos, que vem buscando aglomeração entre os nomes colocados para a disputa. Mas a investida da disputa entre os grupos ligados ao governador Paulo Hartung (PMDB)e o ex-governador Renato Casagrande (PSB) tem orientado a distribuição dos partidos entre os candidatos.
Neste sentido, dos sete palanques previstos até aqui para a disputa, a maior parte dos partidos está concentrada entre as candidaturas do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) e Amaro Neto (SD). O prefeito Luciano Rezende (PPS) está isolado no Estado, mas conta com o apoio do ex-governador Renato Casagrande e a articulação nacional com o PPS e a Rede.
A preocupação com o isolamento, porém, não parece atingir o PSD do deputado estadual Enivaldo dos Anjos. Ele também não está no campo de interesse do Palácio Anchieta e como o ex-governador parece ter fidelidade ao palanque do prefeito, não pretendendo trabalhar com o apoio a outros nomes. Enivaldo, assim como o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) e o vereador Serjão Magalhães (PTB), além do PT e do PSol, está fora do campo de interesse das lideranças estaduais.
Mas essa discussão não passa pela cabeça de Enivaldo, que se eleito teria menos gente para negociar cargos, o que na atual conjuntura, seria uma vantagem. O partido tem buscado discutir nesta campanha eleitoral todos os temas da cidade, que agregariam apoio popular e não político.
Entre esses temas estão a poluição (pó preto), a mobilidade urbana, o transporte coletivo e a imposição das empresas, a limpeza pública, educação e saúde democráticas, além de dar continuidade no âmbito municipal do debate que o deputado tem travado na Assembleia. É iniciativa de Enivaldo, por exemplo, a criação da CPI para desmantelar a “máfia” dos guinchos e dos táxis na Grande Vitória.
