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Mãe de interno denuncia extorsão de traficantes dentro e fora dos presídios

A Associação de Mães e Familiares de Vítimas de Violência do Estado (Amafavv-es) protocolou denúncia no Ministério Público Estadual (MPES) e na Comissão de Direitos Humanos da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) referente a extorsão e ameaça de morte contra um interno da Penitenciária Estadual de Vila Velha II (PEVV II) e à mãe dele.

De acordo com a denúncia, a mãe do interno vem sendo extorquida semanalmente por traficantes e mulheres de outros traficantes que também são internos do sistema prisional.

Segundo o relato da mãe, o interno vem sendo há muito tempo alvo de extorsão no sistema penitenciário e esse crime passou a atingir a mãe, que vem recebendo ameaças por telefone de mulheres de outros internos para que pague supostas dívidas do filho, através de depósitos bancários em contas de laranjas.

As ameaças fizeram com que a mãe do interno contraísse diversos empréstimos para manter o filho vivo no presídio. Como nada foi feito em favor da mãe, mesmo diante de diversas denúncias à Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), só restou a denúncia à OAB.

A mãe pede que o filho seja transferido para outra unidade prisional, preferencialmente fora da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), como único meio de segurança da vida do interno.

Ao processo também foram juntadas evidências que comprovam que a mãe vinha sendo extorquida, como telefonemas e contas bancárias das pessoas que praticavam os atos.

As extorsões não foram somente praticadas contra a mãe do interno que fez a denúncia, mas, segundo o relato protocolado no MPES, ocorrem de maneira orgânica e sistêmica, sendo praticadas dentro das unidades prisionais e com a conivência de agentes públicos, em conluio com presos e mulheres de presos, traficantes internos do sistema prisional e também aqueles que estão em liberdade.

Essas condutas ilícitas são impostas e com obrigações semanais de pagamentos de valores que variam de R$ 200 a R$ 1,2 mil a cada mãe ou familiar de interno. No processo, é ressaltado que essas práticas ilícitas nas unidades prisionais mantêm o tráfico de drogas de maneira institucionalizada dentro do sistema.

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