Os seis deputados federais do PDT que votaram favoravelmente ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff , entre eles o presidente do partido no Espírito Santo, Sérgio Vidigal, devem ser expulsos do partido. O processo de expulsão foi iniciado com uma reunião da Executiva do partido na manhã desta segunda-feira (18).
Com a decisão, o PDT capixaba deve sofrer intervenção e Vidigal será destituído do cargo de presidente. Ele também perderá a legenda para a disputa à prefeitura da Serra, onde estava cotado para a eleição. Mesmo que ingresse em outro partido, o prazo para as filiações para a eleição, de seis meses antes do pleito, já terminou.
Mesmo com a determinação do PDT Nacional, o deputado Sergio Vidigal votou a favor do impeachment, na sessão da Câmara desse domingo (17), contrariando a orientação do diretório nacional, que fechou questão contra o impeachment. A decisão do PDT foi tomada em dezembro passado e referendada pelo diretório no dia 22 de janeiro.
Na última sexta-feira (15), uma reunião da Executiva confirmou a posição e não houve liberação para que os deputados descontentes votassem livremente. Os parlamentares, todos, também foram avisados por escrito que corriam risco de expulsão caso não votassem contra o impeachment.
A Executiva enviou ofícios aos deputados dissidentes nesta segunda, comunicando a expulsão. Além de Vidigal serão punidos os deputados Mario Heringer (MG), Giovanni Cherini (RS), Flávia Morais (GO), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM).
Pela manhã, os membros da comissão permanente discutiram o comportamento dos deputados do PDT e, ao final, confirmaram a decisão de expulsar os deputados infiéis. A Comissão de Ética iniciou os processos de expulsão e vai submeter o seu parecer ao Diretório Nacional do PDT já convocado para decidir sobre o assunto no próximo dia 30 de maio, no Rio de Janeiro. Mas como a decisão de votar com a presidente foi do próprio diretório, dificilmente haverá mudança no quadro de expulsão.
