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Táxis de Vitória: auditoria complica Max Da Mata

Um dos casos nebulosos levantados pela auditoria da Prefeitura de Vitória que investigou fraudes em permissões de táxi, o registro de seis permissões em um mesmo endereço de Jardim Camburi pode enredar ainda mais o vereador e ex-secretário de Transportes Max Da Mata (PDT) nas suspeições que cercam o serviço de táxi da capital capixaba.
 
Com as permissões, especificamente, Max nada tem a ver. O circulo de relações do vereador, no entanto, abrange a figura que parece administrar as placas, o taxista Alex Sandro Muller Helmer, permissionário da placa 0142. 
 
Esta e as demais permissões, 056, 0143, 0155, 0216 e 0295, que, conforme do documento, pertencem a Sandra Muller Loureiro de Souza (0056), Simone Muller Helmer (0143), Fábio Muller Sabino (0155), Lucas Muller Sabino (0216) e Philipp Muller Loureiro de Souza (0295), foram registradas no endereço à Rua Raul Oliveira Neves, 265. 
 
Gestor de placas em ascensão, Alex Muller é figura central nos indícios de irregularidades que atingem a recente licitação que concedeu 108 novas placas em Vitória. 
 
Oriundo de família remediada em Bairro República, Alex Muller conheceu Max Da Mata durante a campanha eleitoral de 2012 e apoiou ativamente o então candidato a vereador. Max da Mata elegeu-se mas não assumiu. Foi anunciado para o secretariado do prefeito eleito Luciano Rezende (PPS) para assumir a pasta de Transportes. Alex Muller passou a ter trânsito fácil no gabinete do novo secretário. 
 
A recém-homologada licitação de táxis é um dos frutos da gestão Max da Mata na Setran. Alex Muller foi o representante do sindicato dos taxistas na comissão de licitação e pelo menos dois licitantes vencedores são apontados como parentes do taxista. A primeira colocada, Rosiane de Oliveira Puppim, como esposa, e o 74° colocado, Heverton Ribeiro, como cunhado. Ele seria marido de Simone Muller
 
Rosiane e Heverton também estão implicados na acusação de recorrer a cursos online de língua estrangeira para inflar a pontuação no certame. Alguns licitantes concluíram cursos duas ou três línguas em até três meses. Rosiane de Oliveira Puppim, entre 14 de março e 19 de junho de 2014 qualificou-se em quatro línguas estrangeiras, em três níveis diferentes.  
 
Herverton Ribeiro qualificou-se em inglês, italiano e espanhol em 40 dias, entre 22 de maio e 1 de julho de 2014. Os de italiano e espanhol foram realizados de forma concomitante, entre 22 de maio e 6 de junho.
 
A CPI da Máfia dos Guinchos, na Assembleia Legislativa, levantou suspeitas sobre o caso e anunciou na sessão dessa segunda-feira (18) a convocação de Heverton para depor no próximo dia 2. A CPI também anunciou que irá requerer ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) a suspensão da licitação.

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