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Audiência pública é palco de denúncias contra sucateamento nas escolas de Vitória

A Câmara Municipal de Vitória realizou nesta segunda-feira (18) uma audiência pública para debater a educação ampliada nas escolas da rede municipal. O que era para ser o debate em torno das conquistas em desafios da educação ampliada no município se torno espaço para denúncias de sucateamento, de falta de valorização de profissionais e de risco para as crianças atendidas.

A audiência teve a participação da presidente do Conselho Municipal de Educação de Vitória (Comevi), Charla Barbosa de Oliveira Macedo Campos; do presidente do Conselho Popular de Vitória, Robinho da Ilha; da professora de Língua Portuguesa e Literatura, Vera Pinheiro Maciel; da coordenadora da Educação em Tempo Integral da Prefeitura de Vitória, Sheila Maria Vidal; da presidente do Sindicato dos Servidores Muncipais de Vitória, Waleska Timóteo; da promotora de Justiça, Maria Cristina Rocha Pimentel; além de familiares de alunos. A secretaria municipal de Educação, Adriana Sperandio, não compareceu à audiência.

Durante a audiência, houve uma série de denuncias do sucateamento dos espaços públicos e da falta de diálogo e transparência da administração do prefeito Luciano Rezende (PPS).

Uma das professoras presentes ao encontro, promovido pelo vereador Reinaldo Bolão (PT), denunciou que a situação dos Centros Municipais de Educação Infaltis (Cmeis) é precária. Segundo ela, não há proposta curricular para a educação em tempo integral. “Uma coisa é a crise mundial, outra coisa é ter dinheiro para pagar propaganda na TV e em outdoors e não ter dinheiro para a educação”, disse ela.

A presidente do Sindsmuvi ressaltou que na administração de Vitória há uma política constante de sucateamento. “Em relação ao tempo integral – e não de educação integral – quando acontece é pelos profissionais, porque a prefeitura não dá meios de forma satisfatória para serem desenvolvidos. Nós temos uma educação infantil que é negada dia após dia”, contou Walesca.

Ela acrescentou que o município tem de agir de maneira responsável e que é preciso avançar nas pautas com a administração municipal.

Uma das professoras presentes relatou que já foi oferecida banana verde cozida como merenda para as crianças em uma ocasião, o que provocou espanto na promotora de Justiça.

Ao fim da audiência, um documento com as denúncias e solicitações foi encaminhado para protocolo no Ministério Público. A promotora Maria Cristina rocha garantiu que as denúncias serão apuradas com rigor.

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