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Alunas de Direito da Ufes promovem ato para repudiar machismo e misoginia no curso

As alunas do curso de Direito da Universidade Federal do Estado (Ufes) organizaram, nessa quarta-feira (27), um ato para cobrar respeito às mulheres do curso diante da cultura machista, misógina e homofóbica que se intensificou no campus da universidade, principalmente a partir do ano de 2014.

Durante o ato, cerca de 250 mulheres se vestiram de preto e, por meio de cartazes e intervenções denunciaram as atitudes de diversos alunos e até professores do curso. 

 
O ato foi uma das respostas à tentativa de estupro sofrida pela estudante de Cinema, Raquel Rocha, dentro do campus. Depois da tentativa, em 18 de abril, começou a circular em diversos grupos do aplicativo de mensagem instantânea WhatsApp um áudio de um aluno do curso que dizia “Uh uh uh, estupro é tabu! Sexo surpresa, sexo surpresa!”.

De acordo com a aluna de Direito, Rayane Marinho, a intenção do ato não foi denunciar uma conduta individualmente, mas a cultura machista que vem permeando o curso.

Nas paredes do prédio, foram colocados cartazes com frases que as mulheres já haviam ouvido de outros alunos e até de professores durante o curso. Dentre elas, havia aquelas em que se lia “mulher não é capaz de fazer curso de direito”, “o que vocês feministas não entendem é que nós homens nascemos para reproduzir”, “mulher é cintura e quadril” e “fala você com o juiz, porque você é gostosa”.

Segundo Rayane, nunca antes no curso uma atividade deste tipo havia sido realizada. Depois do ato, as mulheres devem se reunir para debate a criação de um coletivo para promover ações e cobranças por parte do Departamento de Direito, do Centro Acadêmico do curso e da Atlética. Ela ressalta que o objetivo não é responsabilizar um aluno individualmente, mas uma conduta que oprime e violenta as mulheres.

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