Durante o ato, cerca de 250 mulheres se vestiram de preto e, por meio de cartazes e intervenções denunciaram as atitudes de diversos alunos e até professores do curso.
De acordo com a aluna de Direito, Rayane Marinho, a intenção do ato não foi denunciar uma conduta individualmente, mas a cultura machista que vem permeando o curso.
Nas paredes do prédio, foram colocados cartazes com frases que as mulheres já haviam ouvido de outros alunos e até de professores durante o curso. Dentre elas, havia aquelas em que se lia “mulher não é capaz de fazer curso de direito”, “o que vocês feministas não entendem é que nós homens nascemos para reproduzir”, “mulher é cintura e quadril” e “fala você com o juiz, porque você é gostosa”.
Segundo Rayane, nunca antes no curso uma atividade deste tipo havia sido realizada. Depois do ato, as mulheres devem se reunir para debate a criação de um coletivo para promover ações e cobranças por parte do Departamento de Direito, do Centro Acadêmico do curso e da Atlética. Ela ressalta que o objetivo não é responsabilizar um aluno individualmente, mas uma conduta que oprime e violenta as mulheres.