Na assembleia, os trabalhadores aprovaram a criação da comissão e, caso ela não seja, de fato, criada pela Sefaz, os servidores deliberaram pela realização de duas paralisações por semana a partir da próxima quarta-feira (11).
Além disso, os servidores também deliberaram que durante todo o mês de maio não deverão ser lavrados autos de infração, bem como não deverá ocorrer julgamento de processos administrativos fiscais em caso de não criação da comissão.
Os auditores reivindicam o preenchimento do quadro de pessoal que, apesar de estar criticamente defasado, não é recomposto, mesmo com aprovados em concurso público aguardando nomeação.
Os servidores também pleiteiam o piso remuneratório compatível com a realidade nacional para a carreira, regulamentação da carreira de auxiliar fazendário e fixação do teto remuneratório único para o servidor público, já existente em 21 estados.
Os auditores fiscais tentam negociar com o governo desde 2003, mas não têm as reivindicações atendidas. A categoria também aponta que o governo não compreende que a solução para a crise financeira do País vai além das medidas macroeconômicas que vive anunciando.
Uma das soluções apontadas para aumentar a arrecadação no Estado passa pelo combate à sonegação fiscal para assegurar que os recursos cheguem aos cofres públicos e sejam aplicados em benefício da sociedade.
#Horrores
Na última semana o Sindifiscal lançou a campanha #Horrores, em resposta à campanha #AmorS2es, do governo do Estado, de divulgação de pontos turísticos locais.
No outdoor instalado na Terceira Ponte, em Vila Velha, o Sindifiscal lembra que o Estado tem previsão de R$ 3,4 bilhões em renúncia fiscal até 2018.
O intuito é chamar a atenção para a política fiscal do governo do Estado, que prioriza a lógica do corte de gastos em vez do aumento da receita, e pratica a renúncia fiscal de mais de R$ 3 bilhões, o que recai sobre a população, que no final é quem paga a conta.