O encontro vai discutir a rescisão, realizada pela Secretaria Estadual de Educação (Sedu) no meio do ano letivo, prejudicando tanto professores quanto alunos.
O caso foi denunciado pelo deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB) na sessão ordinária da Assembleia Legislativa da última terça-feira (24), quando o parlamentar apontou que estão previstas cerca de mil demissões de professores durante o andamento do ano letivo.
Majeski explicou que alguns dos diplomas de complementação pedagógica de professores foram emitidos por instituições não regulamentadas pelo Ministério da Educação, por isso, a Sedu estaria realizando as demissões. O que o deputado questionou é o fato de as demissões estarem sendo realizadas antes do fim do primeiro semestre, sem que os professores sejam substituídos. O deputado afirmou que a Sedu deveria pelo menos esperar o fim do ano letivo para efetuar as substituições. Ele se disse muito preocupado também com a massa de professores que engrossarão as filas de desempregados a partir de junho.
O deputado acrescentou que centenas de alunos estão sem aula por conta desta situação. “A Sedu está tentando resolver um problema e criando outro maior”, disse.
Ministério Público
O Ministério Público Estadual (MPES) abriu procedimento para apurar as demissões dos professores antes da metade do ano letivo. A apuração foi iniciada a partir de denúncias de que os professores contratados estão sendo dispensados pelo Estado este mês, deixando várias turmas do ensino fundamental e ensino médio sem aulas de matérias específicas.
As demissões vêm sendo realizadas majoritariamente em escolas estaduais do município de Guarapari e podem ocasionar na interrupção do ano letivo e na perda do conteúdo das disciplinas por parte dos alunos.