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Hartung é alvo de novo protesto dos servidores do Incaper

Os servidores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realizaram um novo protesto na manhã desta sexta-feira (3), durante o lançamento do Programa e Expansão do Plantio de Pinus para a Produção de Goma-Resina e Madeira no Espírito Santo (Pró-Resina), em Ibitirama (região do Caparaó). Os servidores usaram mordaças durante o protesto, em alusão à tentativa de intimidação do presidente da autarquia, Marcelo Suzart de Almeida, que quis saber a frequência dos trabalhadores que participaram de outro protesto, na última segunda-feira (30), que a intenção de intimidá-los.

Nesta sexta-feira, o governador Paulo Hartung (PMDB) também esteve presente no evento de lançamento do programa e se deparou com o protesto dos servidores.

Os servidores do Incaper estão em greve desde quarta-feira (1), diante da precariedade do setor. No início do ano, o governo cortou o fornecimento de combustível, o que prejudicou os serviços prestados pelos servidores a produtores rurais.

Os trabalhadores chegaram a ser impedidos de entrar no local da solenidade, sob a alegação de que seria um evento particular. A entrada dos servidores só foi autorizada depois da chegada do governador. Eles carregavam faixas que expunham o sucateamento da autarquia.

Intimidação

Os servidores do Incaper foram surpreendidos na quarta-feira (1) por um e-mail da chefia do órgão enviado para os chefes regionais, pedindo que informem a programação de cada servidor na última segunda-feira (30), dia em que foi realizado um protesto contra o governador Paulo Hartung , durante a assinatura da ordem de serviço para as obras de conclusão da barragem de Pinheiros – Boa Esperança, localizada no Rio Itauninhas, no norte do Estado.

O grupo se manifestou contra Hartung pelo fato de o governador não receber as demandas da categoria, que pleiteia revisão dos planos de carreira, fim da terceirização dos serviços de assistência técnica e extensão rural e equilíbrio no orçamento da autarquia.

A tentativa de intimidação dos servidores se apoia na alegação de que é proibido ao servidor se referir de maneira depreciativa a autoridades públicas. O protesto dos servidores, no entanto, foi legítimo e cobrava o atendimento do governo às demandas da categoria.

O governador não gostou do protesto dos servidores e chegou a dizer que o “grupinho” poderia acompanhá-lo em obras pelo interior do Estado. Ele acrescentou que era graças a ele que os salários eram pagos em dia, ao contrário do que vem acontecendo em outros estados.

O pagamento em dia, no entanto, é o mínimo que o governo mantém diante de todo o quadro de sucateamento dos serviços públicos no Estado. Os servidores estão no segundo ano sem a revisão anual dos salários, que é prevista na Constituição Federal.

Cerca de 60% dos agricultores familiares do Estado precisam que a assistência técnica seja feita na própria comunidade. Os técnicos precisam ver as lavouras, organizar reuniões para a formação de cooperativas e associações e esse trabalho é severamente prejudicado pela falta de combustível nos carros.

A pauta do Incaper também está unificada com o restante do funcionalismo, que cobra, além da revisão anual dos vencimentos, a concessão de auxílio alimentação para todos os servidores.

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