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PM reage com violência a protesto de estudantes contra qualidade da água em São Mateus

A Polícia Militar reprimiu de maneira truculenta o protesto de estudantes do município de São Mateus (norte do Estado) no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) que pedia a normalização do fornecimento de água potável para as escolas do município. O município está há quase dois meses com o fornecimento de água comprometido, o que causa impacto também na merenda dos alunos.

De acordo com estudantes que participavam do protesto, não havia nem 10 minutos que os alunos haviam chegado ao SAAE quando a polícia chegou. No momento em que um estudante começou a filmar a ação policial, foi detido junto com outros dois e foram todos colocados na viatura da PM para serem levados à delegacia. O protesto pleiteava, também, o abastecimento das escolas por caminhão-pipa.

Os estudantes que foram levados à Delegacia Regional do município foram ouvidos e liberados após quatro horas, já que não havia sequer acusação contra eles, ou seja, não havia motivos para a detenção. Os alunos que acompanhavam a manifestação garantem que ela foi pacífica e que a intervenção dos policiais militares foi abusiva.

Nesses quase dois meses de falta d’água nas escolas de São Mateus, os locais estão sendo abastecidos por poços artesianos, por doações de água mineral, ou usam a água das próprias torneiras, que é salobra. Segundo uns dos estudantes que participou do protesto, existem casos em que os próprios diretores procuram nascentes para coletar água para as escolas.

A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Mateus (Umes-São Mateus), uma das entidades que participou do ato público, estuda realizar novos protestos cobrando que o SAAE abasteça as escolas e a comunidade de São Mateus com água potável.

Ofício

 
Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa da tarde desta terça-feira (7), os deputados aprovaram um requerimento para envio de ofício ao comandante da Polícia Militar em São Mateus pedindo esclarecimento sobre a repressão aos estudantes no SAAE
 
O deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB) reforçou que é preciso saber os motivos pelos quais os estudantes foram reprimidos daquela maneira. 

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