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Com coletes balísticos vencidos, PMs são obrigados a fazer revezamento

A falta de compra de coletes balísticos pelo governo do Estado, somada à expiração do prazo de validade daqueles que são usados pelos policiais militares levou comandantes de batalhões a criarem um “revezamento” de placas de coletes por conta da falta de equipamentos.

No 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Barra de São Francisco, no noroeste do Estado, o Comando da unidade determinou que os militares lotados naquele batalhão devolvam as placas dos coletes balísticos, ficando apenas com a capa de colete pessoal e, na assunção do serviço, voltem a pegar o equipamento.

A medida é justificada pelo fato de haver diversos coletes balísticos vencidos na unidade; de não haver coletes disponíveis para fazer a troca; de haver a necessidade de utilizar os coletes que estão na validade, sob a cautela de alguns policiais; e que todo o efetivo esteja desempenhando a função com o equipamento em acordo com a exigências legais.

Não é só na Polícia Militar que os equipamentos estão vencidos. Em maio deste ano, o Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes) denunciou que grande parte dos inspetores penitenciários da Secretaria de Estado de Justça (Sejus) atua sem coletes balísticos, ou com o equipamento com prazo de validade expirado, e sem armas. Os coletes constituem parte dos equipamentos de proteção individual (EPIs) dos inspetores e não podem ser compartilhados.

O uso do colete é indispensável para os inspetores no exercício da função e o uso deles fora do prazo de validade, aliado à falta de armamento, aumenta ainda mais os riscos da atividade.

Quando foi questionada, a Diretoria de Segurança Penitenciária (DSP) da Sejus informou que foram adquiridos menos de 500 equipamentos, por isso, foram enviados apenas quatro para cada unidade. Além de o colete vencido comprometer a segurança dos inspetores penitenciários, o compartilhamento deles é vedado também por questões de higiene.    

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