Os trabalhadores aguardam o realinhamento à nova política de gestão de pessoas desde 2014 e, enquanto diversas categorias já foram contempladas, os servidores do Detran receberam prazo até dezembro deste ano para o realinhamento.
A Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) alegou que os motivos para o prazo extenso seriam a complexidade da categoria e a falta de pessoal na equipe que realiza o estudo de adequações das carreiras. A secretaria também justificou a demora na adequação à necessidade de estruturação da base de dados, já iniciada; estudo da base legal existente; estudos financeiros; modelagem da nova estrutura; consulta jurídica; adequações e finalizações técnicas.
Os servidores também cobram melhores condições de trabalho na autarquia. Na Ciretran de Vitória, por exemplo, a falta d’água é constante. Enquanto isso, o imóvel adquirido pelo Estado em 2009 para ser a nova sede do órgão continua fechado, o que ensejou um pedido de informações por parte do Ministério Público de Contas (MPC) contra o Detran solicitando documentos sobre o imóvel.
O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos-ES) já fez reiteradas denúncias sobre a questão e as contratações temporárias, que são praxe no órgão.
O MPC também solicitou informações sobre a quantidade de contratos temporários, com os respectivos cargos, vigentes no Detran atualmente, as atribuições dos cargos previstos no edital, e cópia da legislação que trata do plano de cargos e salários dos servidores do órgão.