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Servidores fazem assembleias setoriais e ato público em mais um ???apagão???

Os servidores públicos estaduais fizeram nesta quinta-feira (30) mais um “apagão” nos órgãos e autarquias com o objetivo de denunciar a falta de diálogo com o governo Paulo Hartung (PMDB) e o sucateamento dos serviços públicos. Durante a manhã foram feitas assembleias setoriais, seguidas de um ato público em frente à Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger).

Na atividade, os servidores se revezaram em denunciar o descaso com os serviços públicos. Uma representante da Junta Comercial do Estado (Jucees) leu um ofício encaminhado para a diretora-presidente da autarquia, Letícia Rangel Serrão Chieppe, questionando o pouco respeito com a presidência trata os colaboradores, com discurso que desqualifica os servidores, desagrega o grupo e gera grande indignação entre os trabalhadores.

O representante da Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV) disse que o Estado está sob o comando de um ditador. Ele ressaltou que os funcionários são celetistas e em 2015 a pauta de reivindicações da categoria foi para dissídio coletivo, vencido pelos trabalhadores e questionado pelo governo e em 2016 deve acontecer o mesmo. “Essa é a diretriz do governo, não tem dinheiro para servidores, mas tem para os empresários”, disse ele.

Já o representante do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol) lembrou que a promoção dos policiais deveria ter sido paga em janeiro deste ano, mas até o momento as mais de 500 promoções não aconteceram e ainda há o estudo para reduzir em 50% os benefícios. Ele não se disse espantado com a atitude. “Paulo Hartung não gosta de servidor, ele gosta do Judiciário e do Legislativo”, enfatizou o policial.

Ele alertou que a categoria está insatisfeita e estuda, daqui um tempo, fazer outra greve geral como a que aconteceu há 20 anos.

O vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos-ES), Tadeu Guerzet, ressaltou que, enquanto o Estado faz campanha por meio de hashtag – como é o #CompartilheOBem – para propagar a redução da violência no Estado, turmas em escolas de São Torquato, Cobilândia, em Vila Velha; e em Feu Rosa, na Serra estão sendo fechadas.

Ele lembrou que os gastos com pessoal estão muito abaixo do que preconiza a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e questionou. “Se esse dinheiro não está vindo para nosso bolso, está indo para o de quem?”.

Guerzet ressaltou que os servidores precisam conversar com a população para que ela entenda o que de fato acontece no Estado.

Assembleias

Durante a manhã, foram feiras assembleias setoriais em diversos órgãos e autarquias, sendo mantidos apenas atendimentos de urgência e emergência. Na área de saúde, houve mobilizações na Unidade de Coleta e Transfusão de Sangue de Linhares, no norte do Estado e no Hospital Antônio Bezerra de Faria (HABF), em Vila Velha.

Além disso, também pararam diversos órgãos estaduais como a Ceturb, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), o Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), Jucees, Secretaria de Estado de Educação (Sedu), Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades) e Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

O próximo “apagão” está previsto para ser realizado no dia 29 de julho.

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