A produção audiovisual do Espírito Santo tem ganhado cada vez mais movimentação nos últimos anos, principalmente desde que o curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) foi criado. De lá têm nascido diversas mostras, eventos audiovisuais e núcleos de produção, que se incorporam na cena independente. A iniciativa tem priorizando diversas temáticas, desde aquelas ainda pouco representadas no cinema – como as realidades LGBTs e de portadores de deficiência. A Mostra de Cinema e Audiovisual da Ufes, que terá sua primeira edição na próxima sexta-feira (8), é resultado dessa efervescência acadêmica.
Apelidada de Mostra Cacau, a iniciativa é dedicada exclusivamente a exibir as últimas produções do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade, com realização do Centro Acadêmico de Cinema e Audiovisual (CACAU). Nessa estreia, quatro documentários integram a programação, destacando temas e vivências de reflexão e que destacam por onde a produção autoral audiovisual do Estado tem se entrelaçado. As obras foram produzidas pelos alunos do 6º período do curso.
O documentário Nós, com direção de Gustavo Guilherme e Lorhana Vitor, é uma produção que aborda em 20 minutos o cotidiano de Ray e Gabriel, dois jovens negros e LGBTs na cidade de Vitória. Já no documentário 203, de Luana Cabral e Luciana GB, a temática aborda as atividades do ônibus circular 203, que é responsável pelo transporte de passageiros entre Santa Clara e Ilha do Boi – bairros nobres da cidade de Vitória. Já em Lugar Perfeito, dirigido por Willian Loyola, o assunto é memória, lugar e pertencimento.
E por fim, a Mostra Cacau apresentará ainda o documentário Tão fantástico quanto difícil, de Jhennifer Costa e Helio Gardioli Perin. A peça audiovisual explora a palavra de pais de crianças portadoras de necessidades especiais, apresentando as reações e os questionamentos feitos por quem é responsável por essas crianças.
Serviço
A Mostra Cacau será realizada na sexta-feira (8), a partir das 20h, no Cine Metrópolis da Ufes – avenida Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitória. A entrada é livre.
