A insatisfação da categoria com o governo aumentou após a Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) ter acatado demandas de outras carreiras, que inclusive já foram beneficiadas com a reestruturação dos planos de cargos e salários, enquanto os servidores do IPAJM aguardam desde 2012.
Os servidores questionam a morosidade na execução das obras e projetos de adequação, o que faz prolongar os contratos de aluguel que inclusive poderiam estar acima dos valores de mercado.
Até o momento, somados os valores gastos em aluguel, o IPAJM já gastou R$ 3,7 milhões. Segundo dados do Portal da Transparência, o instituto tem 39.131 aposentados ou pensionistas, com benefícios médios de R$ 5.082, ou seja, os valores gastos com aluguel dariam para pagar em torno de 741 benefícios.
Para o Sindipúblicos, é inaceitável que em pleno período de contenção de despesas e otimização dos lucros e receitas, o instituto abra mão de uma sede própria para gastar com aluguéis em benefícios a terceiros. O abandono da antiga sede é o reflexo de uma política governamental de Paulo Hartung (PMDB) e demais gestores em que sucateiam os prédios-sedes próprios justificando, assim, reformas milionárias e alugueis temporários, beneficiando o empresariado da construção civil e imobiliária, muitos desses financiadores de campanhas políticas.