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Prédio de luxo que teve área desabada é símbolo da chegada do capital paulista ao mercado imobiliário capixaba

Empreendimento que tem como sócia a Cyrela, maior incorporadora de imóveis de capital aberto do país, o condomínio Grand Parc Residencial Resort, cuja área de lazer desmoronou na madrugada desta terça-feira (19) sobre a garagem subterrânea, provocando o desaparecimento de pelo menos uma pessoa, é símbolo da chegada do capital paulista ao mercado imobiliário capixaba. O projeto é sociedade da Cyrela com a Incortel Incorporações e Construções.
 
É símbolos também da recente expansão imobiliária de Vitória e, mais especificamente, da verticalização da Enseada do Suá com prédios de alto padrão. A Incortel foi responsável pelas obras.
 
A capital capixaba registrou expressivo crescimento imobiliário na primeira década do novo século. A Enseada do Suá figurava entre os raros bairros de boa localização com terrenos disponíveis: é vizinho de vias movimentadas e com vista privilegiada para a baía de Vitória e para o Convento da Penha, um dos monumentos históricos do Espírito Santo.
 
Tal perfil atraiu de imediato a avidez do capital excedente dos investidores imobiliários paulista, que, com o empreendimento, apresentou um novo modelo residencial aos capixabas: a integração entre residência e trabalho. Trabalhar perto de casa. O crescimento imobiliário da Enseada do Suá consolidaria o bairro, já então um dos núcleos do judiciário capixaba, como o centro financeiro do Espírito Santo.
 
Iniciado em 2007, o Grand Parc nasceria em 2010: são três torres residenciais de 29 nove andares cada, com unidades de 140 a 180 metros quadrados, coberturas duplex de 285 a 355 metros quadrados com piscina privativa, apartamentos de quatro quartos, duas a quatro vagas de garagem e uma área de lazer que reúne mais de 40 itens, como piscina, salão de festas adulto e infantil, garage band, lan house, playground, entre outros.  
 
Em sites de venda de imóveis, cada unidade é comercializada por R$ 1 milhão em média; o condomínio é cerca de R$ 1 mil. É um empreendimento para poucos. O perfil médio dos moradores poderia ser descrito como jovens casais prósperos com filhos pequenos. Ironicamente, um dos grandes atrativos do empreendimento sempre foi a área de lazer, que sucumbiu nesta madrugada.

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