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OAB-ES está em fase de conclusão de processo que apura suposta tortura no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico

A seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) deve concluir nesta semana o processo que apura a suposta tortura praticada no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), unidade destinada ao cumprimento de pena de internos do sistema prisional portadores de transtornos mentais.

O vídeo que sustenta a denúncia mostra dois internos em uma cela, algemados com mãos e pés para trás e deitados no chão, sem mobilidade alguma.

O local em que os internos estavam é conhecido como “enfermaria de apoio” e eles eram levados para o local por supostamente apresentarem comportamento inadequado e eram deixados no local até “se acalmarem”.

Depois de concluído o processo – que é instruído pela Comissão de Direitos Humanos da OAB – ele deve ser encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPES) e para a Polícia Civil para apurações.

Ao processo também será anexado o relatório preliminar da inspeção realizada na unidade pela comissão mista formada pela OAB-ES, pelo Comitê Estadual para a Prevenção e Erradicação da Tortura no Estado (Cepet-ES), pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) e pela Defensoria Pública.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-ES, Verônica Bezerra, ressaltpou que é preciso que se apure os fatos para que as responsabilidades sejam individualizadas.

Já o presidente da Ordem, Homero Mafra, declarou que para qualquer pessoa que veja o vídeo a sensação é de indignação absoluta, que piora com a informação de que foi feito no território do Estado, responsável por zelar pela saúde e integridade física daqueles sob sua custódia.

Mafra também salientou que é preciso que se tome uma posição de Estado e que a tolerância zero para a tortura seja efetivada. 

 
Com informações da OAB-ES
   

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