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CPI dos Guinchos ouve grandes donos de placas de táxi em Vitória

Após o recesso de julho, a CPI da Máfia dos Guinchos, na Assembleia Legislativa, retoma os trabalhos nesta segunda-feira (1) ouvindo os grandes donos de permissão no serviço de táxi de Vitória.  Foram convocados para a reunião os taxistas Carlos Agne, Carlos Roberto Agne Filho e Josias José Cerqueira. O três seriam ouvidos na sessão de 20 de junho, mas por força de liminar, ficaram calados. O presidente da CPI, Enivaldo dos Anjos (PSD), lamentou a decisão da Justiça.
 
A expectativa é que, neste segundo semestre, a CPI feche o cerco sobre os grandes donos de placas e as suspeitas de irregularidades na licitação que distribuiu 108 novas permissões em na capital capixaba. As últimas sessões do primeiro semestre reforçaram as suspeitas da CPI sobre a existência de grandes frotas particulares de taxi comandadas por poucos taxistas e a ocorrência de fraude na licitação.
 
Carlos Agne e Carlos Agne Filho comandariam uma frota de 20 a 25 táxis valendo-se de procuração, sublocação ou venda de permissão. Trabalham apenas com diária, cuja tarifa tem a pela fama de ser a mais cara da cidade: trabalhar em um veículo dos Agne no Aeroporto de Vitória significa pagar R$ 300 por dia. 
 
Josias é apontado como explorador de pelo menos 18 placas em diferentes pontos de Vitória – Praça de Jucutuquara, Aeroporto, Carone de Santa Lúcia, e Rodoviária, estão entre os apontados.
 
As denúncias contra a licitação envolvem a apresentação de certificados de conclusão de curso de língua estrangeira como critério de pontuação. Concorrentes contemplados concluíram cursos de língua estrangeira em cerca de três meses recorrendo a sistemas online de ensino. O edital solicitava apenas certificados. Em maio, a comissão convocou 10 licitantes para fazer prova oral. Os taxistas se negaram a realizar o teste.
 
A última sessão do primeiro semestre, no dia 4 de julho, seria uma acareação entre o ex-secretário municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana, Josivaldo de Andrade, e a gerente da Diretoria de Fiscalização de Táxis de Vitória, Adriana Sossai,  e o vereador de Vitória Max da Mata (PDT) e o taxista Alex Sandro Muller Helmer. Apenas Adriana e Alex compareceram e a sessão foi abortada. Todos foram chamados para a CPI investigar denúncias de irregularidades na licitação.

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