Após sessões seguidas investigando o serviço de táxi de Vitória, a CPI da Máfia dos Guinchos dá uma pausa na sessão desta segunda-feira (8) para verificar denúncias de irregularidades no serviço de táxi de Colatina, no norte do Estado. Estão convocados o secretário municipal de Transportes, Trânsito e Segurança Pública, Carlos Eduardo Messa Barbosa, e o taxista Luciano da Silva Barbosa, defensor que trabalha na cidade.
Segunda a relatora, a deputada Janete de Sá (PMN), há denúncias de que funcionários municipais e um policial teriam sido beneficiados com permissões de táxi. A situação em Colatina é a mesma verificada em Vitória: permissionários não trabalham e, ainda assim, ganham um bom rendimento ao custo do trabalho dos defensores.
Na última sessão, acusados de serem grandes donos de placas em Vitória, Josias Cerqueira, Carlos Agne e Carlos Roberto Agne Filho, negaram a formação de frotas particulares de táxi. O esquema seria alimentado justamente por permissionários que não dirigem seus veículos.
A comissão também vai ouvir responsáveis pelo sistema de estacionamento rotativo na cidade. Em agosto de 2014, foi ouvido Leonardo Abreu de Almeida, diretor da Facom, empresa concessionária do serviço. À época, a relatora Janete de Sá (PMN) classificou de “negócio da China” o rotativo em Colatina. “A empresa basicamente não faz nada, só ganha. Até está ganhando muito, por R$ 0,75 a hora. Não estou entendendo o que ela faz”, disse.
A atuação da Facom causou estranheza entre os membros da CPI. A empresa apenas faz a execução e manutenção de serviços de engenharia, como sinalização vertical e horizontal das vias contempladas com o sistema e emissão dos bilhetes, já que não há parquímetros como em Vitória e Vila Velha. Já a fiscalização não é de responsabilidade da concessionária, mas do município.