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Tamar realiza soltura de tartarugas marinhas neste domingo

Uma boa opção de passeio com a família para este Dia dos Pais é acompanhar a soltura de tartarugas marinhas. Após uma pequena palestra sobre a espécie, o trabalho de reabilitação e o trabalho de proteção e monitoramento das tartarugas marinhas no Estado, os visitantes se dirigem a uma praia anexa à Base do Projeto Tamar e assistem à devolução do animal ao seu hábitat natural. As crianças poderão se aproximar mais e até passar a mão nas jovens tartarugas.

São dois exemplares juvenis da espécie tartaruga-verde (Chelonia mydas), vindas do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Cram-ES), localizado na sede do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), em Cariacica. As duas pesam em torno de 10 kg e medem pouco mais de 40 cm de comprimento. Elas foram encontradas presas a uma rede de pesca durante uma operação de recolhimento de redes da Prefeitura de Marataízes e encaminhadas para o CRAM no dia quatro de agosto. Após nove dias de reabilitação, já podem ser liberadas.

As redes de pesca são a principal causa de acidentes e mortes de tartarugas marinhas. Presas na rede, elas não conseguem emergir para respirar (a respiração é pelos pulmões) e acabam morrendo afogadas. Quando elas são resgatadas com vida, devem ser levadas para o Cram e, depois de reabilitadas, podem ser soltas no mar. Denise Rieth, gestora do Centro de Visitantes da Base do TAamar em Vitória, conta que todos os meses tem havido soltura de juvenis de tartaruga-verde, sejam animais capturados por redes ou encalhados na praia.

Uma tartaruga-verde adulta pode chegar a medir 1,40 m etros de comprimento e pesar 160 kg. As que são vistas nas praias capixabas estão em idade juvenil, pois seu local de reprodução, no Brasil, são as ilhas oceânicas de Trindade (ES), Fernando de Noronha (PE) e Atol das Rocas N).

Ameaçadas de extinção

As espécies que se reproduzem no litoral capixaba são a cabeçuda (Caretta caretta) e a gigante ou de-couro (Dermochelys coriácea). Todas as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil estão ameaçadas de extinção em nível estadual, nacional e internacional. Após 35 anos de atividades de proteção, o Tamar já protegeu e liberou ao mar cerca de 2,3 milhões de filhotes. A população de todas as espécies tem aumentado, felizmente. No Espírito Santo, a última temporada registrou um aumento de 98,8% no número de ninhos.

As temporadas reprodutivas acontecem de setembro a março em todo o litoral, mas os pontos de concentração são a foz do Rio Doce, além de Guriri, Anchieta e Itaúnas. A região entre Regência e Comboios configuram o segundo maior sítio reprodutivo da tartaruga-cabeçuda no país e o único ponto de concentração de desovas da tartaruga gigante.

Na Grande Vitória e em Itaúnas o monitoramento das desovas é feito pelo Projeto de Monitoramento das Praias (PMP) e em Anchieta pela ONG Instituto de Pesquisa e Conservação Marinhas (IPCMar).

Os demais nichos reprodutivos são monitorados pelo TAMAR, que mantém bases em Regência, Povoação, Pontal do Ipiranga e Guriri. Em Vitória, o funcionamento é de terça a domingo, de 8h30 às 17h00. Em breve, um novo tanque será inaugurado.

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