quinta-feira, dezembro 26, 2024
30.5 C
Vitória
quinta-feira, dezembro 26, 2024
quinta-feira, dezembro 26, 2024

Leia Também:

Início morno

Com apenas 45 dias para conquistar o voto do eleitor, a expectativa era de que as eleições municipais começassem a todo vapor, mas não foi isso que aconteceu. O período de campanha foi aberto nessa terça-feira (16), mas o clima eleitoral ainda não esquentou. Os candidatos cumpriram agenda de campanha, fizeram conversas com lideranças, mas a movimentação foi bem morna.

Ao que tudo indica, como em uma corrida de 100 metros, os candidatos estão guardando o gás para a reta final. Sem dinheiro, com espaço reduzido e a antipatia do eleitorado pela classe política, os primeiros movimentos são de cautela.  

Outro fator que parece ter afetado o início do processo eleitoral é o estado de saúde do prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), internado desde a última sexta-feira (12) com complicações devido a uma pneumonia, o que causou preocupação em toda a classe política do Estado.

O episódio afetou a eleição na Serra, fazendo com que o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT), seu principal adversário, adiasse o início da campanha. O deputado federal Givaldo Vieira (PT) manteve a agenda, mas de forma discreta, e a candidata a vice de Audifax, Márcia Lamas (PSB), colocou a campanha na rua para não desmotivar os aliados, mas o clima de preocupação pairou no município durante toda a semana e repercutiu nas disputas das cidades vizinhas.

Para os prefeitos em disputa à reeleição, a primeira semana foi um termômetro para testar o eleitorado. No cargo, eles buscaram alinhar as atividades rotineiras com a campanha, para evitar desgastes. Com a população irritada com a classe política, deixar a gestão para pedir voto pode ter o efeito inverso.

Polêmica mesmo só na Assembleia, que tem um terço da casa em campanha e tem apresentado um rendimento muito abaixo do esperado, sem o quorum para as votações.

Uma coisa deu para sentir. A eleição vai ser pautada nas reuniões, e no corpo a corpo. Os vídeos divulgados nas redes sociais pareciam mais frequentes no período pré-eleitoral do que agora, mas é um recurso que deve ser bem explorado daqui para frente.

Sem os santinhos, cavaletes e as peruinhas com os jingles dos candidatos disputando todos os espaços da cidade, a eleição parece que ainda não começou, mas vamos torcer para que ela fique mais animada nos próximos dias.

Mais Lidas