De acordo com as informações do processo, a morte do interno estaria ligada ao crime organizado no Espírito Santo. A situação dos outros dez réus citados no processo ficou da seguinte maneira: cinco morreram durante o andamento da ação, e os outros cinco não foram pronunciados pelo juiz.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPES), em novembro de 2002, o preso chegou à Penitenciária Regional de Cachoeiro de Itapemirim, transferido da carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) do Estado, em Vila Velha.
Supostamente ligado a um coronel da Polícia Militar, suspeito de envolvimento com o crime organizado, o preso, por questões de segurança, estava sendo mantido na Superintendência da PF. No entanto, de acordo com os autos, o presidiário teria sido transferido de maneira indevida para a prisão onde foi morto.
Ainda consta na denúncia do MPES a informação de que a morte do preso estaria ligada à sua disponibilidade em colaborar com a polícia nas investigações acerca do crime organizado no Estado.
O homem, segundo os autos, morreu após não resistir às agressões sofridas na penitenciária, fato que teria sido confirmado no laudo do exame cadavérico juntado ao processo.
Mesmo com o pronunciamento dos acusados, o júri ainda não tem data para acontecer, uma vez que, respeitando os trâmites legais, da decisão ainda cabe recurso.