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Justiça pronuncia oito acusados de matar interno em penitenciaria de São Mateus

O juiz substituto da 1ª Vara Criminal de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado), Bernardo Fajardo Lima, pronunciou, na manhã desta quarta-feira (24), oito dos 18 acusados de matar um interno no sistema prisional no Estado em 2002, qualificando-os ao júri popular.

De acordo com as informações do processo, a morte do interno estaria ligada ao crime organizado no Espírito Santo. A situação dos outros dez réus citados no processo ficou da seguinte maneira: cinco morreram durante o andamento da ação, e os outros cinco não foram pronunciados pelo juiz.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPES), em novembro de 2002, o preso chegou à Penitenciária Regional de Cachoeiro de Itapemirim, transferido da carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) do Estado, em Vila Velha.

Supostamente ligado a um coronel da Polícia Militar, suspeito de envolvimento com o crime organizado, o preso, por questões de segurança, estava sendo mantido na Superintendência da PF. No entanto, de acordo com os autos, o presidiário teria sido transferido de maneira indevida para a prisão onde foi morto.

Ainda consta na denúncia do MPES a informação de que a morte do preso estaria ligada à sua disponibilidade em colaborar com a polícia nas investigações acerca do crime organizado no Estado.

O homem, segundo os autos, morreu após não resistir às agressões sofridas na penitenciária, fato que teria sido confirmado no laudo do exame cadavérico juntado ao processo.

Mesmo com o pronunciamento dos acusados, o júri ainda não tem data para acontecer, uma vez que, respeitando os trâmites legais, da decisão ainda cabe recurso.

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