O Movimento Urbano, grupo constituído por moradores de Guarapari para discutir ações de mobilidade no município, se reúne neste domingo (28), às 14h, na Praça Philomeno Pereira, em Muquiçaba, para discutir os próximos passos do movimento. Entre os principais assuntos, a ação é contra a compra do terreno em que foi construído o Rodoshopping e novas manifestações contra o decreto de embarque e desembarque exclusivo no local.
Segundo Iraci Marques, membro do Movimento Urbano, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) deve apreciar a ação na sessão da próxima terça-feira (30). A peça, de autoria do movimento, questiona o processo de desapropriação do terreno para a construção do Rodoshopping e denuncia o sumiço dos autos do procedimento licitatório na Prefeitura de Guarapari.
A reunião também vai discutir novos protestos contra o decreto de embarque e desembarque exclusivo de ônibus intermunicipais no Rodoshopping, publicado em 4 de agosto. Desde então, usuários de ônibus em Guarapari protestam nas ruas contra a medida, que tornou as viagens mais demoradas e onerosas, já que passaram a pegar mais um ônibus para ir até a Rodoviária.
A Prefeitura de Guarapari ainda não chamou os usuários para rediscutir a medida. Limita-se a reuniões com a Promotoria de Justiça do município e a empresa Telavive, concessionária do Rodoshopping. “Como você planeja uma cidade e não ouve os principais envolvidos?”, questiona Iraci. A moradora alerta que a medida da prefeitura está estimulando a criação de transporte clandestino: quem pode, para escapar das viagens mais longas e do maior gasto financeiro, está organizando transporte particular para o trabalho.
O Movimento Urbano defende a revogação total do decreto publicado no último dia 4. A decisão de embarque e desembarque exclusivo na nova rodoviária considera apenas o equilíbrio econômico-financeiro do contrato firmado em 2011. A alteração não é resultado de estudos, planejamentos ou da opinião de passageiros.