A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), em conjunto com o Sindijornalistas, levará a denúncia de censura judicial a organismos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ).
A moção aprovada no congresso lembra que os mais de 50 processos judiciais – que tramitam rapidamente em Varas e Juizados Especiais – acabam por gerar a asfixia financeiramente ao jornal e demonstram o tratamento diferenciado em relação a outras empresas de comunicação do Estado, que continuam recebendo normalmente o repasse da verba publicitária públicas do governo estadual.
O documento também salienta que esse volume de processos judiciais resulta em condenações em favor de membros do Judiciário, imposição de sanções de prisão aos jornalistas (três até o momento), entre eles, o jornalista Rogério Medeiros, diretor-responsável da publicação, cujas penas somadas chegam a três anos de reclusão, em regime inicialmente aberto.
A moção levada pelo Sindijornalistas ressalta que as ações contra o jornal são direcionadas, em maioria, pelos mesmos juízes, além dos advogados das partes serem quase sempre os mesmos – ligados a entidades de classe dos membros do Ministério Público e da magistratura capixaba – revelando uma prática de caráter intimidatório e “viciada”, com o intuito último de fechar o jornal.