De acordo com a entidade, caso os salários não sejam depositados de forma integral nesta terça-feira (6), que é o quinto dia útil do mês, haverá paralisação por tempo indeterminado a partir do feriado de 7 de setembro. A decisão foi tomada depois de reunião realizada na tarde desta segunda.
No dia 17 de agosto, os rodoviários fizeram outra paralisação, dessa vez pontual, por mais segurança nos coletivos. Nas semanas anteriores ao protesto haviam se intensificado os casos de violência nos ônibus, com passageiros baleados e arrastões.
Em maio deste ano, os rodoviários chegaram a deflagrar greve diante da insegurança em ônibus e terminais, durante uma onda de assaltos, arrastões e esfaqueamentos nos coletivos.
Enquanto o Sindirodoviários cobrava soluções simples para o aumento na sensação de segurança nos ônibus, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) era lacônica em propor medidas, com opções virtuais – como o uso de novas tecnologias e estudos ainda a serem feitos.
Na época, os rodoviários cobravam que as câmeras de videomonitoramento dos coletivos fossem integradas com o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), com transmissão simultânea. Além disso, também cobravam medidas simples, como o aumento de blitze e a parada livre dos ônibus em horários de pouco movimento, que não teriam impacto financeiro nem demandaria estudos de viabilidade.
Apesar dos apelos dos trabalhadores, o governo prometeu estudos sobre a viabilidade das medidas, mas até o momento nada foi feito e ainda houve uma escalada de violência no transporte público, inclusive, com dois usuários baleados em apenas uma semana.