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Recomeço

Por onde tem andado, o ex-subsecretário de Direitos Humanos Perly Cipriano tem recebido o carinho das pessoas. Isso não significa que ele vá vencer a eleição em Vitória, longe disso. Significa que uma parte da população, não aquela conservadora, raivosa, mas uma parte ainda sensata da população, sabe separar o joio do trigo.

Perly é um exemplo do que deve ser o PT daqui para frente. Voltar um passo atrás ou dois, fazer a autocrítica, buscar uma recuperação da imagem do partido nacional e localmente. Nas duas instâncias uma crise existe e precisa ser encarada.

Outro exemplo é do deputado federal Givaldo Vieira, que em nome da sobrevivência política, não temeu cara feia da população serrana em relação à crise nacional e hoje busca uma reaproximação com sua base. Talvez não seja desta vez que ele quebrará o consórcio Audifax/Vidigal, mas se coloca como uma liderança em potencial da Serra.

Para isso, teve de dar um passo atrás, saiu fora de um grupo que o tirou da Serra, prometeu mundos e fundos e agora coloca em risco sua reeleição em 2018 para a Câmara.

A crise nacional é mais recente, com a derrocada do governo federal, cabe ao partido tentar buscar o caminho que sempre fez tão bem, o de oposição. Deve encontrar o viés da desconstrução do governo Temer e tentar desmentir algumas acusações.

No que se refere ao desgaste local, a coisa é mais complicada, já que  a deterioração do PT começou de dentro para fora. Seus quadros, ao se alinharem à política de grupo do governador Paulo Hartung (PDMB), transformou o partido em uma sigla pragmática, se afastando de seus ideais e corroendo a força de transformação do partido.

O PT hoje está minguado, não por causa da crise nacional apenas, mas pelas escolhas de mais de uma década atrás, quando se guindou ao Palácio Anchieta, funcionando como força auxiliar de Hartung. Precisa repensar um caminho que o traga novamente à vida.

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