Por falta de bibliotecários, a biblioteca da Escola Municipal de Ensino Fundamental Éber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha, está fechada há cinco meses. A bibliotecária responsável aposentou-se em abril, mas a Prefeitura de Vitória não abriu processo de contratação para substituto. O processo só foi aberto este mês, após denúncia da Associação de Moradores de Jardim da Penha (Amjap).
O motivo do fechamento preocupou pais de alunos, diz Fabrício Pancotto, presidente da Amjap. “Há algum tempo, a biblioteca também ficou fechada, mas por causa de uma goteira. Uma fatalidade”, diz. O fato, agora, passa a impressão de falha de gestão da Secretaria Municipal de Educação (Seme), que não se planejou para a aposentadoria da servidora.
Com pouco mais de 600 alunos, a Éber Louzada é uma das instituições municipais de ensino mais tradicionais de Vitória, referência em educação pública. Mas, segundo Pancotto, atividades escolares estão prejudicadas. “A escola, por exemplo, não consegue executar atividades pedagógicas relacionadas à leitura. Quem quer doar livro também não consegue. Não há pessoal para realizar a catalogação”, diz.
O fechamento da biblioteca preocupa mais ainda professores e alunos, que veem projetos literários, de leitura e de pesquisas serem interrompidos. Nas séries iniciais, uma biblioteca fechada pode prejudicar também o processo de aprendizagem das crianças.