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Greve dos bancários: 344 agências fecham no Estado nesta terça-feira

O 15º dia da greve dos bancários foi marcado pelo fechamento de 344 agências em todo o Estado nesta terça-feira (20). O movimento dos trabalhadores segue se fortalecendo diante da omissão da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em apresentar proposta que seja satisfatória para os empregados.

Além das agências, também ficaram fechados três departamentos da Caixa Econômica Federal, os prédios do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bancdes), Centros de Processamento de Dados (CPDs) do Banestes e do Banco do Brasil.

Durante a tarde desta terça-feira os bancários fizeram uma ação sindical na Reta da Penha, em Vitória, para dialogar com a população sobre os motivos que levaram à greve.

Segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), os responsáveis pela extensão da greve são os próprios banqueiros, que se recusam a negociar e apresentar uma proposta digna para os trabalhadores.

Na última rodada de negociações, os bancários rejeitaram proposta que consistia em reajuste de 7% no salário, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3,3 mil.

A proposta sequer repõe a inflação do período, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em 9.62% em agosto.

Enquanto se recusam a apresentar proposta decente aos trabalhadores, os banqueiros seguem lucrando ano a ano. O desempenho dos bancos no primeiro semestre de 2016 mostra que não há crise no setor.

Segundo relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no balanço financeiro das instituições, nos primeiros seis meses do ano o lucro líquido dos cincos maiores bancos que atuam no Brasil somou R$ 29,7 bilhões. Apesar de o montante ser 18,2% menor que no período de 2015, os bancos continuam com alta rentabilidade e se destacam entre os setores mais lucrativos do Brasil.

Dentre as principais reivindicações dos bancários estão reajuste salarial, com reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real; PLR de três salários mais R$8.317,90; piso salarial de R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vale alimentação no valor de R$880 ao mês (valor do salário mínimo); vale refeição no valor de R$880,00 ao mês; 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880 ao mês; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões; mais contratações; fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 30/15 no Senado, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas; e Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

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