segunda-feira, novembro 18, 2024
21.9 C
Vitória
segunda-feira, novembro 18, 2024
segunda-feira, novembro 18, 2024

Leia Também:

Denúncia de Ferraço contra Doutor Luciano é arquivada pelo Tribunal de Contas

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) arquivou uma denúncia feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Theodorico Ferraço (DEM), contra o prefeito de Itapemirim (região litoral sul), Luciano de Paiva Alves (PROS), sobre indícios de irregularidades em desapropriações. O relator do caso, conselheiro Rodrigo Chamoun, seguiu o parecer da área técnica da Corte, que não vislumbrou os requisitos de admissibilidade da denúncia por ausência de “elementos de convicção e indícios de prova”. O voto foi seguido à unanimidade pelo restante do plenário.

O julgamento do processo (TC 4749/2016) foi realizado no último dia 16 de agosto, mas o acórdão só foi publicado nesta segunda-feira (26). A denúncia foi mais um desdobramento da intensa disputa política no município, onde o atual prefeito enfrenta a mulher de Theodorico, Norma Ayub Alves (DEM), no pleito do próximo domingo (2). Desde o ano passado, o deputado estadual usa a tribuna da Assembleia para denunciar suspeita de corrupção na gestão de Doutor Luciano, que responde a ações penais no Tribunal de Justiça e já foi afastado do cargo em três ocasiões.

Na representação, o chefe do Legislativo estadual fez um relato de indícios de irregularidades que teriam sido narrados por um morador local. A denúncia sugeriu a existência de fraudes nos supostos processos de desapropriação em áreas no entorno da Lagoa Guanandy, que é uma área de proteção ambiental (APA). Segundo Theodorico, os beneficiários de eventuais transações seriam aliados do prefeito de Itapemirim, o que levantaria em tese dúvidas sobre a validade dos atos indenizatórios.

Apesar das desapropriações no município terem sido o principal alvo da segunda fase da Operação Olísipo, que resultou no afastamento de Doutor Luciano, o conselheiro-relator entendeu que não havia provas de irregularidades neste caso. Tanto que Chamoun cita o relatório da área técnica, que concluiu pela inexistência de “elementos de convicção”. O Ministério Público de Contas (MPC) encampou a manifestação técnica, reiterando a proposta de não-conhecimento da representação.

Com a decisão, o caso deverá ser arquivado em definitivo após em trânsito em julgado da decisão. O deputado estadual ainda poderá recorrer do julgamento.

Mais Lidas