Os candidatos eleitos nesse domingo (2), quando decidiram entrar na disputa, sabiam que teriam um grande desafio pela frente. Com agravamento da crise econômica, os novos prefeitos devem administrar municípios com os caixas vazios. A dica é dominar o mais rápido possível a fórmula do “fazer mais com menos”.
Para 30% dos eleitos, porém, o desafio deve ser ainda maior. Além de pouco dinheiro, 23 novos prefeitos obtiveram aprovação nas urnas de menos da metade do eleitorado. É o caso de Sérgio Meneguelli. O candidato do PMDB foi eleito em Colatina com 30,24% dos votos válidos, ou seja, conquistou quase 19.689 votos dos 70.522 eleitores que compareceram às urnas. Em resumo, mais de 50 mil eleitores não queriam Meneguelli prefeito.
Por mais que os prefeitos eleitos costumem afirmar que governarão para todos, a cobrança, quando se tem uma baixa aprovação nas urnas, geralmente é maior e mais imediata.
Além de Meneguelli, outros 22 prefeitos eleitos vão assumir os municípios no dia 1 de janeiro com o desafio de conquistar os eleitores que não os escolheram. Gilson Amaro (DEM), por exemplo, só conquistou os votos de 35,87% dos eleitores de Santa Teresa, região serrana.
Dificuldade semelhante terá Robertino Batista da Silva (PRP), em Marataízes. Tininho, como é conhecido, foi eleito por 36,73% dos eleitores. Caso também de Ângelo Guarçoni, o Giló (PMDB), que foi o preferido de 38,30% dos eleitores de Mimoso do Sul. Quase o mesmo índice de Bruno 5 Estrelas (PSDB), que governará Pedro Canário. O tucano conquistou 38,33% dos votos válidos do município do extremo norte do Estado.
Acompanhe abaixo a tabela com os percentuais de votação dos 23 prefeitos eleitos por menos de 50% do eleitorado.