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Desafio: Amaro e Luciano precisam correr atrás de mais de 85 mil votos

Enquanto parte do mercado político espera ansiosa a definição do deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) no segundo turno das eleições em Vitória, outras lideranças entendem que os candidatos a prefeito da Capital, Amaro Neto (SD) e Luciano Rezende (PPS), devem fazer um esforço dobrado para conquistar os votos de mais de 85 mil eleitores. 
 
Dentro desse expressivo montante estão os votos dos eleitores que optaram por Lelo Coimbra, Perly Cipriano (PT) e André Moreira (PSOL) – juntos, os três candidatos somaram 38.713 -; os que votaram branco ou nulo (22.189) ou que simplesmente não compareceram às urnas no último domingo (2), as chamadas abstenções (25.051). Por um motivo ou outro esses 85.953 eleitores não quiseram eleger nem Amaro nem Luciano. Cabe, agora, aos dois conquistar cada um desses votos “rebeldes”.
 
Entretanto, o fato de esses votos estarem flutuando na cidade, não significa que eles irão ou para um ou para outro candidato, sobretudo os que se abstiveram: 10,76% do eleitorado, abaixo da média nacional (17%), é verdade, mas um índice alto para uma disputa acirrada como a se espera para Vitória neste segundo turno. 
 
No que se refere aos votos de Lelo Coimbra no processo, significativos, 26.584 votos, há que se discutir a aplicabilidade para cada palanque. O eleitor de Lelo tem o perfil do eleitor de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que não concorda com a decisão do tucano em apoiar Luciano Rezende, e que não aceita a candidatura de Amaro Neto. Neste sentido, o voto de Lelo não obedeceria ao seu comando, independentemente de sua decisão sobre qual palanque irá subir  – mistério que ele promete revelar até sexta-feira (7). 
 
A busca dos eleitores indecisos e a tentativa de tomada de espaço pelos dois candidatos é que definirão a nova disputa. Luciano tem dificuldade para transpor as fronteiras da periferia da cidade. Ações de seu governo voltadas para a orla afastaram o prefeito da ala pobre de Vitória. Já Amaro precisa justamente fazer o caminho inverso. Convencer o eleitor da classe A e B (e parte da C) de que seu perfil político não guarda relação com sua atuação no programa policialesco que apresenta na TV Vitória. 

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